O Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro confirmou a identificação de 100 dos 121 mortos na recente Operação Contenção, realizada na última terça-feira (28). A informação foi divulgada por parlamentares que visitaram o IML na quinta-feira (30). Até agora, 60 corpos já foram liberados para sepultamento.

Todos os cadáveres passaram por necropsia, mas os laudos que irão detalhar as causas e circunstâncias das mortes devem ser divulgados em um prazo de 10 a 15 dias úteis. Deputados exigiram a publicação da lista com os nomes dos mortos já identificados. O deputado federal Henrique Vieira (PSOL-RJ) informou que a responsabilidade pela divulgação recai sobre a Secretaria de Polícia Civil.

Vieira questionou: “Se há um número de identificados e liberados, por que ainda não é público?”. A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) acrescentou que os responsáveis pelo IML justificaram a demora dizendo que a operação faz parte de uma investigação em andamento. “Isso mostra que eles já têm uma pré-caracterização do envolvimento dos mortos em algum crime”, afirmou.

Além disso, a comitiva de parlamentares solicitou que as famílias tenham o direito de ver os corpos antes do recolhimento pelas funerárias. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) relatou um caso em que um casal teve grande dificuldade para reconhecer o corpo do filho, que foi decapitado. Ela defendeu que “é um direito constitucional” e criticou a justificativa de falta de espaço no IML para atender essas famílias.

A Operação Contenção é reconhecida como uma das mais letais da história do estado, com 121 mortos reportados até o momento. O que se espera agora é que as autoridades cumpram com a transparência necessária e ofereçam respostas rápidas à população, que aguarda por mais informações sobre essa tragédia.

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