Um novo projeto da Universidade de São Paulo (USP) promete revolucionar a pesquisa sobre metabolismo e suas conexões com doenças. O Centro de Metabolismo (CoMeta) será construído com um investimento estimado em R$ 50 milhões e reunirá grupos de pesquisa já existentes na USP.

O metabolismo é essencial para a vida, pois envolve todas as reações químicas que transformam alimentos e bebidas em energia. Entender melhor esse processo pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos para doenças graves, como o câncer.

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Estudo do metabolismo pode ajudar na criação de novos remédios e tratamentos (Imagem: Panchenko Vladimir/Shutterstock)

  • O Centro contará com dois andares e 2.500 metros quadrados.
  • O espaço reunirá quatro grupos de pesquisa que atualmente estão em diferentes unidades da USP.
  • Planos futuros incluem a incorporação de mais grupos ao projeto.
  • O centro terá uma central analítica com equipamentos modernos.
  • Além disso, haverá um biotério para pesquisa em animais e salas para cultura de células e microscopia.
  • A construção deve começar nos próximos meses, mas a aprovação final do projeto ainda é necessária. Sem um prazo definido para a inauguração, as expectativas são altas.

Pesquisas podem ajudar na criação de novos tratamentos

Segundo o Jornal da USP, uma das prioridades do CoMeta será a identificação de processos metabólicos essenciais para parasitas. A ideia é desenvolver medicamentos que possam eliminar esses parasitas sem afetar os hospedeiros, contribuindo no combate a doenças como Chagas e leishmaniose.

Os pesquisadores também vão se dedicar a estudar o metabolismo da nutrição, explorando como nosso corpo processa e utiliza a energia dos alimentos, além de investigar as alterações metabólicas ligadas ao câncer.

ilustração digital de um câncer de pele se desenvolvendo no corpo
Um dos focos de atuação do novo centro será no desenvolvimento de novas formas de combate ao câncer (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

É muito difícil um pesquisador ser capaz de fazer tudo isso sozinho. Ter um centro com especialistas de vários tipos e níveis diferentes trabalhando juntos é muito interessante. A gente já troca ideias, mas não é a mesma coisa que estar sob o mesmo teto.

Alicia Kowaltowski, professora da USP e coordenadora do projeto que dará origem ao CoMeta