Neste sábado, o governo brasileiro divulgou uma nota pedindo diálogo entre as Forças Armadas Suíssas (SAF) e as Forças de Reação Rápida (RSF) no Sudão. O apelo surge após um ataque a um hospital saudita na cidade de Fasher, que resultou na morte de pelo menos 460 pessoas.
Na nota, o governo condenou o ataque da RSF contra civis e enfatizou a urgência de retomar as conversas de paz. “Exigimos que todas as partes cessem imediatamente os conflitos e garantam a proteção da população, respeitando os direitos humanos e o direito internacional”, afirmaram.
Massacre em hospital do Sudão
O massacre em Fasher, atribuído às Forças de Reação Rápida, foi noticiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na quarta-feira. A Rede de Médicos informou que a RSF, um grupo paramilitar que enfrenta o Exército do Sudão, é responsável pelo ataque. Desde o início do conflito em 2023, foram registradas 285 invasões a unidades de saúde, resultando em mais de 1.200 mortes.
Histórico do conflito
O conflito no Sudão teve início em abril de 2023, quando uma disputa de poder entre as SAF e a RSF se transformou em guerra aberta. A RSF tem laços com as milícias Janjaweed, responsáveis por atrocidades em Darfur há 20 anos, enquanto a SAF é herdeira do antigo regime militar de Cartum.
Após a deposição do ex-presidente Omar al-Bashir em 2019, as duas forças dividiram o poder, mas uma discordância sobre a integração da RSF ao Exército nacional provocou o colapso do país. O que começou como um conflito político se tornou uma brutal luta com massacre étnico, cerco de cidades e deslocamento em massa da população, resultando em uma grave crise humanitária.
Esse é um tema que suscita muitas emoções e reflexões. O que você pensa sobre a situação no Sudão? Compartilhe sua opinião ou dúvida nos comentários.

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