Um terremoto de 6,3 graus atingiu o norte do Afeganistão na madrugada desta segunda-feira, 3 de novembro. O epicentro foi registrado em Kholm, na província de Samangan, a uma profundidade de 28 quilômetros, conforme informações do Centro Geológico dos Estados Unidos.
O tremor resultou na morte de pelo menos 20 pessoas, enquanto cerca de 320 moradores ficaram feridos, segundo Sharafat Zaman, porta-voz do Ministério da Saúde. Ele destacou que esses números podem aumentar à medida que mais informações forem confirmadas.
A histórica mesquita azul de Mazar-i-Sharif sofreu danos significativos. Partes de sua estrutura, incluindo um dos minaretes, desabaram, afetando uma das poucas atrações turísticas do país. Inicialmente, a imprensa foi impedida de registrar a cena.
As autoridades já abriram uma estrada que havia sido bloqueada por deslizamentos de terra e realizaram resgates de pessoas que ficaram presas. No entanto, a infraestrutura precária e as falhas nas comunicações dificultam as operações de emergência, fazendo com que a ajuda demore a chegar a áreas remotas.
Em Mazar-i-Sharif, muitos moradores deixaram suas casas com medo de novos desabamentos. Tremores secundários foram sentidos até na capital, Cabul. Este terremoto se segue a outro, em agosto, que causou mais de 2.200 mortes, um dos mais devastadores da história recente do Afeganistão.
O Afeganistão é um país frequentemente atingido por terremotos, especialmente na cordilheira de Hindu Kush, onde colisões de placas tectônicas criam uma instabilidade constante. Desde 1900, a região nordeste do país já registrou 12 terremotos com magnitudes acima de 7.
Desde que os talibãs retomaram o poder em 2021, o Afeganistão enfrentou vários desastres naturais, incluindo um terremoto em 2023 na região de Herat que deixou mais de 1.500 mortos e destruiu mais de 63.000 residências. A situação é ainda mais complicada pela crise humanitária gerada pela seca e colapso econômico.
Gostou do que leu? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre a situação no Afeganistão.

Facebook Comments