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Pessoas com diabetes tipo 2 que tomam aspirina em dose baixa diariamente apresentam um risco reduzido de infarto, derrame e morte por doenças do coração. Essa conclusão é fruto de um estudo da Associação Americana do Coração (AHA), divulgado na segunda-feira.
A pesquisa analisou dados de 10 anos envolvendo 11,5 mil adultos com diabetes e risco moderado a alto de problemas cardiovasculares. Os resultados mostraram que os que usaram aspirina regularmente tiveram menos infartos (42,4% a menos), menos derrames (14,5% a menos) e uma menor mortalidade geral (33% a menos) em comparação aos que não usaram o medicamento.
Esses benefícios foram observados tanto em pessoas com controle deficiente da diabetes quanto naquelas com níveis de glicose mais equilibrados, sendo o efeito mais acentuado nos que mantinham a glicemia sob controle.
Os cientistas acreditam que a aspirina pode proporcionar proteção a diabéticos que ainda não sofreram um evento cardiovascular, um assunto que gera debates entre médicos. Atualmente, o uso do remédio é indicado apenas para aqueles que já tiveram infarto ou AVC.
Entretanto, os autores do estudo observam que a pesquisa é observacional e não prova diretamente que a aspirina foi a causa da redução nos eventos mencionados. Além disso, não foram avaliados os possíveis efeitos colaterais do uso contínuo do medicamento, como sangramentos, que são um risco conhecido.
Esses resultados ressaltam a necessidade de mais pesquisas clínicas antes de qualquer recomendação geral sobre o uso diário da aspirina. Especialistas alertam que ninguém deve começar a usar o medicamento sem orientação médica, pois o equilíbrio entre benefícios e riscos pode variar de pessoa para pessoa.
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