EUA anunciam ajuda humanitária de US$ 3 milhões a Cuba após passagem devastadora do furacão Melissa

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Os Estados Unidos anunciaram, neste domingo, um pacote de ajuda humanitária de US$ 3 milhões (cerca de R$ 16 milhões) para Cuba. Essa assistência visa apoiar os moradores afetados pelo furacão Melissa, uma das tempestades mais intensas a atingir o Caribe em nove décadas, que já causou cerca de 60 mortes na região.

Segundo informações do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do governo americano, os recursos serão entregues diretamente à população cubana, com a **Igreja Católica** atuando como intermediária. O órgão informou: “Os EUA estão coordenando com a Igreja Católica a distribuição de US$ 3 milhões em ajuda humanitária diretamente às pessoas do leste de Cuba mais afetadas pela devastação do furacão.”

Essa colaboração com a Igreja não é nova. A instituição já desempenhou um papel de mediação entre Washington e Havana em momentos de tensão diplomática. Além dos Estados Unidos, outros países como a Venezuela, o México e agências da ONU também enviaram ajuda à ilha.

Contrapondo-se à ajuda, o regime cubano criticou a oferta americana, chamando-a de “indigna”. Roberto Morales Ojeda, membro do politburo do Partido Comunista de Cuba, declarou que, “se fosse sincera a vontade desse governo de apoiar o nosso povo, teriam levantado o bloqueio criminoso e eliminado Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo”.

Cuba foi reincluída nessa lista pelo governo de Donald Trump em 2021, revertendo uma decisão anterior de Barack Obama. Essa ação intensificou o embargo econômico vigente há mais de seis décadas, que teve uma breve suspensão no final do governo Joe Biden, mas foi restaurado após o retorno de Trump à Casa Branca.

O furacão Melissa causou danos severos à infraestrutura, desabamentos, cortes de energia e destruição de plantações no leste cubano. O governo local informou que mais de 700 mil pessoas foram deslocadas preventivamente e, até agora, não há registros de vítimas fatais na ilha.

No restante do Caribe, o impacto foi devastador. A Jamaica enfrentou ventos de até 300 km/h, equivalentes à categoria 5 na escala Saffir-Simpson, a mais alta. Segundo o primeiro-ministro Andrew Holness, 28 pessoas morreram no país, e o Banco Mundial estima que as perdas econômicas sejam equivalentes ao PIB anual jamaicano, cerca de US$ 20 bilhões (R$ 107,6 bilhões).

O secretário-geral da ONU, Antóinio Guterres, fez um apelo por uma “mobilização massiva de recursos” para enfrentar os danos causados pelo furacão. Nahuel Arenas, chefe do Escritório da ONU para a Redução do Risco de Desastres nas Américas e Caribe, destacou que a frequência e a intensidade desses desastres têm aumentado devido às mudanças climáticas.

“Uma tempestade pode se transformar em um furacão de categoria 5 em menos de 48 horas”, alertou Arenas. Ele também ressaltou que as desigualdades sociais, a pobreza e a urbanização desordenada intensificam a vulnerabilidade da população diante de eventos extremos.

O furacão Melissa é considerado o mais poderoso a atingir o Caribe em 90 anos.

O furacão Melissa deixou um cenário de destruição no Caribe e meramente exemplifica os desafios que a população enfrenta. O que você acha que deve ser feito para ajudar essas regiões afetadas? Compartilhe suas opiniões nos comentários.

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