A cidade de São Paulo alcançou um marco significativo na mobilidade sustentável. Na segunda-feira (3), a frota de ônibus elétricos ultrapassou mil veículos em operação, consolidando-se como a maior do Brasil. Essa conquista foi anunciada durante a entrega de 60 novos ônibus na Praça Charles Miller, na zona oeste da capital. Com essa adição, a cidade conta agora com 1.009 ônibus elétricos, sendo 820 movidos a bateria e 189 trólebus.
Essa ampliação faz parte de um esforço da Prefeitura em preparação para a COP-30, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas que ocorrerá neste mês em Belém (PA). A administração municipal destaca que eletrificar a frota é crucial para reduzir a poluição e melhorar a qualidade de vida local.
Cada ônibus elétrico evita a emissão de 87 toneladas de CO2 anualmente. Isso representa o impacto ambiental equivalente ao plantio de 6.400 árvores, além de gerar uma economia de cerca de 35 mil litros de diesel por ano. Vale ressaltar que 55% das emissões de gases de efeito estufa na capital vêm de veículos automotores, com ônibus a diesel representando 30% desse total. Atualmente, cerca de 1,7 milhão de passageiros utilizam o transporte público municipal todos os dias.
Além dos benefícios ambientais, os ônibus elétricos também oferecem uma melhoria na qualidade sonora. Enquanto um ônibus convencional opera a 80 decibéis, o modelo elétrico opera entre 60 e 70 decibéis, reduzindo os impactos sonoros e melhorando a saúde dos moradores.
Para facilitar a ampliação da frota e aprimorar a infraestrutura elétrica, a Prefeitura está investindo na instalação de carregadores ultrarrápidos, conhecidos como Battery Energy Storage Systems (BESS). Cada módulo desses deve ser capaz de recarregar até 29 ônibus simultaneamente, aumentando a eficiência sem custos adicionais.
Desde 2022, quando a cidade proibiu a aquisição de novos ônibus movidos a combustíveis fósseis, a frota elétrica quadruplicou, passando de 216 para 1.021 veículos. O investimento total nas melhorias soma R$ 1,5 bilhão. A meta da Prefeitura é continuar expandindo o sistema, tornando São Paulo uma referência em mobilidade verde na América Latina.
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