O Ibovespa registrou nesta terça-feira (4) seu sétimo recorde consecutivo, fechando a 150.704,20 pontos, após atingir um pico histórico intradia de 150.887,55 pontos durante a tarde. Este é o segundo dia em que o índice se mantém acima da marca de 150 mil pontos, alcançando uma série de dez altas, sendo que sete delas representaram novos recordes de encerramento. Essa sequência é a mais longa desde os onze ganhos registrados na primeira quinzena de julho de 2024.
O fechamento em alta de 0,17% acontece em um contexto onde o dólar também subiu, encerrando a sessão em R$ 5,3989, com uma alta de 0,77%. Este valor representa o maior fechamento em dez dias. O comportamento da moeda reflete a cautela dos investidores, que estão preocupados com as incertezas sobre a continuidade do afrouxamento monetário pelo Federal Reserve norte-americano e temores de uma correção nas bolsas de Nova York. O real, por sua vez, apresentou uma queda menos acentuada em comparação a outras moedas emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano.
A expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a taxa Selic em 15% ao ano, com um comunicado rigoroso que elimina a chance de cortes de juros neste ano, pode ajudar a estabilizar a moeda brasileira frente às pressões externas e às saídas sazonais de capital.
Após uma valorização de 1,08% em setembro, o real avança 0,35% nos primeiros dias de outubro. Apesar das perdas acumuladas de 12,64% ao longo do ano, a moeda brasileira se destaca como a que mais se valorizou entre as divisas da América Latina nesse período. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, superou os 100 pontos pela primeira vez desde o início de agosto.
Enquanto isso, a libra caiu para seu menor nível desde abril, afetada por preocupações fiscais no Reino Unido. O iene, no entanto, teve uma leve valorização de 0,30% em relação ao dólar. Entretanto, os mercados de petróleo e metais preciosos tiveram quedas significativas. Nos últimos dias, membros do Fed apresentaram opiniões divergentes sobre a possibilidade de cortes de juros, refletindo as tensões internas do comitê. Na última quarta-feira, o presidente Jerome Powell destacou que não há garantias de redução nas taxas em dezembro.
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