Macron sobre possível acordo Mercosul-UE: “Tenho boas esperanças”

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O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou nesta quinta-feira (6) durante a Cúpula do Clima em Belém (PA) que possui “boas esperanças” para o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, ressaltando que a possível resolução “é muito positiva”.

“Consideramos, por muitos setores, que o acordo Mercosul-UE é muito positivo. Na visão geopolítica, essa negociação é relevante porque é uma boa forma de diversificação”, afirmou Macron.

Ele complementou que as negociações estão em andamento, mas permanece “vigilante” em defesa dos interesses da França.

Macron também destacou que a relação com o Brasil é estratégica e importante. Em uma reunião bilateral anterior, ele conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aproveitou o encontro com 57 chefes de Estado para discutir pautas além da agenda climática, como o acordo Mercosul-UE.

Na quarta-feira (5), Lula se reuniu com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, relatou que o acordo foi um dos temas discutidos. “A reunião foi excelente. Discutimos a questão climática da COP e a bi-regional do acordo Mercosul-UE. Ursula reafirmou sua esperança de que o acordo seja assinado no dia 20 de dezembro, no Rio de Janeiro, durante a Cúpula do Mercosul”, explicou Vieira.

Após 25 anos de negociações, o acordo de livre comércio entre os blocos está na fase final, com o pacto comercial previsto para ser fechado em dezembro de 2024, na Cúpula do Mercosul no Uruguai.

O acordo prevê a eliminação progressiva de tributos no comércio entre os países dos dois blocos, potencialmente abrangendo 92% das exportações.

Entretanto, o texto ainda precisa de aprovação da União Europeia, através do Parlamento Europeu. Para que entre em vigor, 15 dos 27 países do bloco devem apoiar a medida.

A França, no entanto, manifesta preocupações em relação à proteção do agronegócio local. Recentemente, o ministro francês para Assuntos Europeus, Benjamin Haddad, afirmou que não assinará o acordo sem cláusulas que protejam o setor contra “concorrência desleal”.

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