2025 será o segundo ou terceiro ano mais quente já registrado

O ano de 2025 promete ser um dos mais quentes desde que as medições começaram há 176 anos. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) destacou que, após uma década de recordes de calor, este ano deve ocupar o segundo ou terceiro lugar no ranking dos anos mais quentes, embora não supere 2024.

Em seu relatório divulgado antes da COP30, a cúpula climática da ONU, a OMM alertou que as concentrações de gases de efeito estufa atingiram níveis históricos. Este aumento acentuado pode ter consequências severas para o clima global no futuro.

Celeste Saulo, diretora da OMM, afirmou que “esta sequência sem precedentes de altas temperaturas, combinada ao aumento recorde dos níveis de gases de efeito estufa no ano passado, deixa claro que será praticamente impossível limitar o aquecimento global a 1,5 °C nos próximos anos.” Apesar do cenário complicado, ela enfatizou que ainda é possível reduzir as temperaturas até esse limite até o fim do século.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, também ressaltou a urgência da situação. Ele alertou que cada ano que supera 1,5 °C afetará negativamente as economias e as desigualdades sociais, além de provocar danos irreversíveis. “Devemos agir agora, com grande rapidez e em grande escala”, afirmou Guterres.

Infelizmente, os dados ainda são preocupantes. A OMM revelou que os últimos 11 anos, entre 2015 e 2025, foram os mais quentes desde o início dos registros. Este ano, a temperatura média nos primeiros oito meses superou em 1,42 °C os níveis pré-industriais. As emissões de gases de efeito estufa também apresentaram um aumento de 2,3% no ano anterior, impulsionadas principalmente por países como Índia, China, Rússia e Indonésia.

As consequências desse aumento de temperatura já são visíveis. O gelo marinho do Ártico alcançou sua menor extensão registrada este ano, e a Antártida manteve níveis de gelo abaixo da média. Fenômenos climáticos extremos, como inundações e incêndios florestais, afetaram diversas regiões, com impacto direto na vida e nos meios de subsistência das pessoas.

A OMM também destacou os avanços nos sistemas de alerta precoce que, desde 2015, passaram de 56 para 119 países. No entanto, 40% dos países ainda não possuem esses sistemas, o que torna urgente a adoção de medidas para suprir essas lacunas.

O desafio climático é real, e a ação coletiva é essencial. O que você pensa sobre as ações que estão sendo tomadas para combater essas mudanças? Estamos fazendo o suficiente? Deixe seu comentário.

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