Há um ano, o Aeroporto Internacional de Guarulhos foi palco de uma execução em plena luz do dia. No dia 8 de novembro de 2024, Antônio Vinícius Gritzbach foi morto a tiros, um crime que chocou o Brasil pela audácia e as conexões com crimes organizados. Durante o ataque, um motorista de aplicativo, Celso Araújo Sampaio de Novais, também foi morto.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluíu a investigação em apenas quatro meses. Com 500 páginas, o inquérito detalha o papel de cada envolvido, resultando no indiciamento de oito pessoas: seis por homicídio e duas por ajudar na fuga dos executores.

Quem era Gritzbach

Gritzbach se apresentava como empresário do setor imobiliário e também era investigado por lavagem de dinheiro para organizações criminosas como o PCC e o Comando Vermelho. A delegada Ivalda Aleixo, que liderou as investigações, mencionou que, na localidade, ele nunca foi rotulado como faccionado, mas era conhecido por suas atividades irregulares.

Considerado delator de integrantes do crime organizado, sua colaboração com a Justiça pode ter motivado sua execução. Gritzbach estava em busca de joias avaliadas em cerca de R$ 6 milhões no momento de sua morte, bem como se envolvia em transações que levantavam suspeitas.

Estão entre os réus 18 policiais militares

A investigação revelou a participação de 18 policiais militares, que agora são réus no processo. Três deles, identificados como os executores, irão a júri popular. Eles estão presos no Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo. Segundo Ivalda Aleixo, a investigação foi rigorosa, utilizando dados e imagens para posicionar os executores na cena do crime.

Mandante e motivações do crime

Emílio Carlos Gongorra, conhecido como “Cigarreira”, é apontado como o mandante da execução, movido por uma dívida milionária e vingança pessoal. Ele acreditava que Gritzbach havia mandado matar um comparsa em 2021. Cigarreira fugiu para o Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, e está foragido.

Novas linhas de investigação

Investigações adicionais estão sendo realizadas para determinar se os seguranças de Gritzbach tiveram alguma participação no crime. O DHPP analisou um grande volume de dados, relatórios e imagens obtidas através de quebras de sigilo.

Um ano depois

Um ano após o crime, as autoridades consideram o caso principal esclarecido, com os executores presos e os mandantes identificados. As investigações continuam em sigilo, focando na localização dos foragidos e na elucidação da cadeia criminosa.

Gostou do que leu? Deixe sua opinião ou comentem nos comentários. Sua participação é muito importante!