Cúpula Celac-UE começa na Colômbia neste domingo

A cidade colombiana de Santa Marta sedia neste domingo (9) a cúpula entre os representantes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE). O evento acontece em meio a cancelamentos de última hora e uma notável participação reduzida de líderes.

Este encontro, que se estenderá até segunda-feira (10), carrega a preocupação com os recentes ataques do governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico.

Antes do início da quarta reunião, os correspondentes notaram pouca movimentação na sala do hotel Estelar Santamar, onde o evento é realizado. O presidente Gustavo Petro, anfitrião, expressou seu descontentamento com as pressões dos EUA, que retiraram a Colômbia da lista de aliados na luta contra o narcotráfico e impuseram sanções econômicas ao líder colombiano.

“As ausências são um sinal claro de protesto, já que muitos líderes desejam evitar tensões com Trump”, afirma o cientista político Alberto Rizzi. Trump intensificou suas ações contra o narcotráfico, alegando que embarcações do Caribe são responsáveis pelo aumento do consumo de drogas nos EUA. Petro criticou recentemente os bombardeios, que resultaram em várias mortes, reafirmando que as vítimas não eram narcotraficantes.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, também cancelaram suas participações. A cientista política Sandra Borda aponta que a falta de planejamento na organização do evento desestimulou outros líderes a comparecer.

Por outro lado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou sua presença, sendo um interlocutor importante entre a região e a Europa. O feriado em Santa Marta, de 7 a 10 de novembro, foi anunciado em virtude da cúpula.

Analistas não esperam grandes acordos durante o encontro, mas destacam que a reunião pode abrir espaço para avanços no acordo comercial entre a UE e o Mercosul. Apesar de divergências, especialmente em relação à guerra na Ucrânia, a América Latina e a Europa continuam sendo aliados relevantes no comércio.

O que você acha das tensões que cercam esse encontro? Deixe sua opinião nos comentários e vamos conversar sobre o assunto!

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