Catherine Connolly, uma política de esquerda conhecida por suas críticas aos Estados Unidos e à União Europeia, foi empossada como presidente da Irlanda nesta terça-feira (11). Ela se destacou nas eleições como a única candidata independente, sucedendo Michael Higgins, que ocupou o cargo honorário desde 2011. Connolly, de 68 anos, assume a liderança em um país com 5,2 milhões de habitantes.
Na eleição de 24 de outubro, Connolly conquistou 63% dos votos, superando Heather Humphreys, do Fine Gael, um partido de centro-direita que faz parte da coalizão governamental. Sua candidatura recebeu apoio de partidos da oposição, como os Verdes e o nacionalista Sinn Féin.
Apesar de seu papel na presidência ter limitações políticas, algumas análises sugerem que suas posições sobre política externa e habitação podem gerar tensões entre a presidência e o governo.
Durante seu discurso de posse, Connolly destacou que, em virtude de sua tradicional postura de neutralidade, a Irlanda está “em uma boa posição para formular e implementar soluções diplomáticas alternativas aos conflitos e guerras”. Ela também expressou o desejo de promover a unificação entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte.
A primeira-ministra da Irlanda do Norte, Michelle O’Neill, do Sinn Féin, esteve presente na cerimônia. Por outro lado, a vice-primeira-ministra, Emma Little-Pengelly, do partido unionista DUP, não compareceu, alegando compromissos relacionados com as comemorações do Armistício de 1918.
Embora a participação nas eleições presidenciais tenha sido maior que a de 2018, a votação também registrou uma quantidade recorde de votos nulos. Além disso, a Irlanda enfrenta um debate crescente e conflituoso sobre a chegada de solicitantes de asilo, com algumas manifestações se tornando violentas.
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