
Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Civil deu início à Operação Albergue em Itabela. A ação foi realizada para cumprir mandados de busca e apreensão e desarticular um suposto esquema de suporte logístico a uma facção criminosa. Segundo as investigações, esse grupo utilizava uma instituição de caridade na cidade.
As diligências, conduzidas pela Delegacia Territorial, apuram a associação criminosa armada, receptação e favorecimento real. O delegado Johnson Tanimoto informou que as ordens foram autorizadas pela Vara Criminal após a coleta de evidências que conectam a instituição ao grupo criminoso.
A investigação teve início após o assassinato de Crispiniano Santos Nascimento, de 18 anos, no dia 8 de outubro. Ele foi atacado por homens que desceram de um carro branco enquanto andava de bicicleta. O mesmo veículo foi usado em um assalto dias depois, no bairro Urbis II, em Eunápolis.
O carro, que havia sido roubado, foi encontrado 21 dias após o homicídio, dentro da sede principal da Casa dos Idosos Giuseppe Aras. A apuração também revelou que a antiga sede da entidade, localizada no bairro Bandeirantes, servia como ponto de apoio da organização criminosa.
Durante a operação, os policiais cumpriram mandados em três endereços, incluindo a residência do diretor da instituição, Ionan Galo, que se posicionou afirmando não ter qualquer ligação com o caso. Ele comentou: “Fui pego de surpresa. O asilo não tem envolvimento com isso. Levaram alguns documentos e coisas pessoais, mas realmente não sei do que se trata.”
Em resposta, o delegado esclareceu que a operação é um desdobramento de investigações sobre homicídios, tráfico de drogas e associação criminosa na cidade. Os mandados foram cumpridos devido a indícios de que a gestão da instituição está ligada a esses crimes.
As buscas também ocorreram na atual sede do asilo, onde o carro estava ocultado, e na antiga sede, que funcionava como base da facção e moradia de um vigilante.
Na tarde de terça-feira, um dos suspeitos do homicídio foi morto em operação policial em Itabela. No local onde ele se escondia, foram apreendidas drogas e uma arma, além da prisão do vereador Lucas Lemos (União), suspeito de associação para o tráfico.
Os materiais coletados durante a Operação Albergue serão encaminhados para análise pericial. Até o momento, não houve prisões, pois o foco foi na coleta de provas e na continuidade das investigações.
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