Nesta terça-feira, 11 de novembro de 2025, o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, foi incorporado à operação dos Estados Unidos contra o tráfico de drogas na América Latina. Essa ação ocorre em um momento de crescente tensão, com a Venezuela mobilizando suas forças militares em resposta ao que considera “ameaças imperiais” e vendo as ações dos EUA como uma tentativa de derrubar o presidente Nicolás Maduro.
A inclusão do USS Gerald Ford coincide com a condenação da Rússia aos recentes bombardeios de embarcações suspeitas de transportar drogas. Esses ataques, que ocorreram no último domingo no Pacífico, resultaram na morte de seis pessoas em duas embarcações. Desde setembro, os Estados Unidos têm enviado navios de guerra, aviões de caça e milhares de soldados ao Caribe para combater o narcotráfico proveniente, supostamente, da Venezuela e da Colômbia.
O Comando Sul das Forças Navais dos Estados Unidos informou que a chegada do porta-aviões reforçará a capacidade do país em detectar e desarticular atividades ilícitas que ameaçam a segurança da região. O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, ressaltou que essa mobilização visa proteger o território americano. No entanto, até o momento, não há evidências de que as embarcações atacadas estejam realmente conectadas ao tráfico de drogas.
Segundo a CNN, o Reino Unido decidiu não compartilhar informações de inteligência sobre embarcações suspeitas com os EUA, temendo se tornar cúmplice desses bombardeios, que são considerados ilegais por algumas fontes. A Rússia, aliada de Maduro, descreveu os ataques como “inaceitáveis”.
Em resposta, a Venezuela ativou novos exercícios militares em todo seu território. O Ministério da Defesa local anunciou uma mobilização em massa de recursos terrestres, aéreos e navais. O presidente Maduro afirmou que a Venezuela está pronta para responder a qualquer tentativa de agressão dos EUA, convocando também o alistamento da Milícia Bolivariana, um corpo das Forças Armadas formado por civis ideologicamente comprometidos.
Maduro advertiu que, se houvesse uma tentativa de golpe, todo o povo da Venezuela estaria mobilizado para lutar. Enquanto isso, a administração de Donald Trump continua a acusá-lo de liderar um cartel de narcotráfico, autorizando operações da CIA na região.
Esses desenvolvimentos acentuam a tensão na América Latina e levantam questões sobre a eficácia e legalidade das ações militares dos EUA. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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