Os dados recentes do IBGE revelam que, em 2023, os homens recebiam, em média, 15,8% mais que as mulheres. O salário médio dos homens foi de R$ 3.993,26, enquanto as mulheres receberam em média R$ 3.449,00, resultando em uma diferença de R$ 544,26 por mês. Assim, o salário feminino correspondeu a apenas 86,4% da remuneração masculina.
Esses números estão descritos no levantamento Estatísticas do Cadastro Central de Empresas, divulgado pelo IBGE. Comparando com 2022, quando a diferença era de 17%, percebemos uma leve redução nessa desigualdade salarial.
Dados do Levantamento
Para compilar essas informações, o IBGE analisou empresas e instituições com Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Isso inclui tanto órgãos da administração pública quanto entidades sem fins lucrativos. O Brasil conta com cerca de 10 milhões de empresas ativas, um crescimento de 6,3% em relação ao ano passado, sendo que 7 milhões delas não possuem funcionários assalariados.
No total, as empresas e organizações empregavam 66 milhões de pessoas em 2023, marcando um aumento de 5,1%. Desses, 79,8%, ou seja, 52,6 milhões eram assalariados. O salário médio no Brasil foi de R$ 3.745,45, um aumento de 2% em relação ao ano anterior.
Vale ressaltar que os dados não indicam diferença salarial entre homens e mulheres na mesma função, mas sim nas remunerações totais das empresas. Apesar das mulheres representarem 45,5% dos assalariados, elas receberam apenas 41,9% da massa salarial. Já os homens, que constituem 54,5%, detiveram 58,1% do total.
Setores de Trabalho
Na análise dos setores, o IBGE destaca que 19,4% dos homens estão na indústria de transformação, seguidos pelo comércio (18,8%) e administração pública (13%). Para as mulheres, 19,9% trabalham em funções administrativas, com os mesmos setores do comércio e de saúde humana sendo igualmente importantes.
A construção civil se destacou por sua predominância masculina, com 87,4% dos assalariados sendo homens. Já em saúde humana, as mulheres representam 75% do total de trabalhadores, superando outros setores.
Escolaridade e Salários
O levantamento também mostrou uma diferença significativa entre pessoas com e sem nível superior. Aproximadamente 76,4% do pessoal assalariado não possui formação universitária. Aqueles que têm diploma recebem, em média, R$ 7.489,16, valor três vezes maior que o salário de quem não concluiu o ensino superior (R$ 2.587,52).
O setor educacional lidera em número de assalariados com ensino superior, representando 65,5%. Já nas áreas de alojamento e alimentação, 96,1% dos trabalhadores não têm formação superior, e na agropecuária essa porcentagem sobe para 93,8%.
É hora de refletir sobre essas estatísticas e discutir o futuro do mercado de trabalho. O que você pensa sobre a desigualdade salarial? Deixe sua opinião nos comentários!

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