A Colômbia decidiu manter sua cooperação em inteligência com os Estados Unidos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (13) pelo ministro do Interior, Armando Benedetti. Ele esclareceu que a suspensão proposta pelo presidente Gustavo Petro foi mal interpretada pela mídia.
O governo de Petro havia ordenado, em resposta a bombardeios americanos contra embarcações suspeitas de traficar drogas, que todas as comunicações com agências de segurança dos EUA fossem interrompidas. Após críticas de opositores e militares sobre a medida, Benedetti afirmou que não houve intenção de encerrar as operações conjuntas com o FBI, DEA e HSI.
Apesar dos esclarecimentos, a postura do governo colombiano tem sido questionada. Desde a ascensão de Petro e do presidente Donald Trump, a relação entre os dois países se deteriorou. Este ano, os EUA retiraram a Colômbia da lista de aliados na luta contra o tráfico de drogas e impuseram sanções ao presidente colombiano e seus colaboradores.
Trump chamou Petro de “líder do narcotráfico”, enquanto Petro acusa a administração americana de ter causado a morte de 76 pessoas e afundado 20 embarcações, classificando as ações como “execuções extrajudiciais”. A possível suspensão da cooperação poderia gerar um aumento da atividade criminosa, tanto para a Colômbia quanto para os EUA, já que o país é um dos principais consumidores de drogas no mundo.
A tensão entre esses países ainda está longe de ser resolvida, e a administração Trump tem se alinhado à oposição de direita na Colômbia, que busca ganhar as próximas eleições legislativas e presidenciais, previstas para 2026.
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