Os ministros da Economia da União Europeia (UE) tomaram uma decisão significativa ao eliminar a isenção de tarifas de importação para encomendas de fora do bloco, cujo valor seja inferior a 150 euros (cerca de R$ 920). Originalmente, a medida estava prevista para entrar em vigor apenas em 2028, mas foi antecipada e pode já começar a ser aplicada em 2026.
Essa mudança foi impulsionada pelo crescente impacto de grandes empresas chinesas de e-commerce, como Shein, Shopee e Temu. O volume de pacotes enviados para a UE com valor abaixo de 150 euros aumentou de uma média de 12 milhões de pacotes diários em 2022 para 24 milhões em 2023.
Até agora, a isenção permitia que consumidores europeus comprassem produtos de baixo custo diretamente de vendedores fora do bloco, sem incorrer em impostos ou tarifas. No entanto, essa prática foi cada vez mais criticada, pois prejudicava o comércio local, que enfrenta forte concorrência das empresas estrangeiras.
Giancarlo Giorgetti, ministro da Economia da Itália, destacou a preocupação com a isenção, afirmando que ela “está destruindo o comércio varejista da Europa”. A nova medida visa proteger o mercado interno e garantir competitividade justa para as empresas locais.
Essa mudança na política de importação é uma estratégia da União Europeia para lidar com o crescimento do comércio eletrônico, especialmente de empresas chinesas, que têm se beneficiado das isenções para oferecer preços muito competitivos aos consumidores europeus. A expectativa é que a nova medida ajude a equilibrar o mercado e alivie a pressão sobre o varejo europeu, que já enfrenta desafios causados pela inflação e mudanças nos hábitos de consumo.
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