Nas eleições realizadas no último domingo (16), a candidata de esquerda, Jeannette Jara, e o ultradireitista José Antonio Kast saíram como os principais concorrentes no segundo turno, marcado para 14 de dezembro. A disputa ocorreu em um cenário onde o medo e a insegurança, em parte vinculados à imigração irregular, dominaram as discussões.
Com quase 53% dos votos apurados, Jara, que faz parte de uma coalizão de centro-esquerda, superou o rival do Partido Republicano por uma margem inferior a 3%. O atual presidente, Gabriel Boric, parabenizou os candidatos após a divulgação dos resultados.
Na terceira posição, surpreendeu o economista Franco Parisi, do Partido de la Gente, que superou o ultraliberal Johannes Kaiser, que era esperado ocupar essa colocação segundo as pesquisas.
Apesar de o Chile ser um dos países mais seguros da América Latina, o clima de medo gerado pelo aumento da criminalidade beneficiou candidatos da extrema-direita, que prometem políticas de deportação em massa e um combate mais intenso à criminalidade. Parisi também adota um discurso alinhado a essa agenda.
Essa eleição é histórica, pois pode resultar na primeira vitória da extrema-direita no Chile desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet em 1990, há 35 anos.
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