O governo de Jerônimo Rodrigues, do PT, tem demonstrado uma postura reativa em relação às ações da base aliada. Isso gera fragilidade, mesmo com todos os recursos da máquina pública da Bahia ao seu dispor. A administração parece mais focada em lidar com as consequências de seus atos do que em tomar a dianteira em questões políticas, resultando em um cenário de insegurança.
Recentemente, ficou evidente que os assessores de Jerônimo estão trabalhando para evitar crises. Um exemplo foi a publicação de Geddel Vieira Lima, ex-ministro do MDB, nas redes sociais. Ele expressou preocupações sobre a projeção política de ACM Neto no interior da Bahia. Geddel, que tem uma longa trajetória na política, tomou a iniciativa de se posicionar publicamente, algo incomum entre os aliados de Jerônimo.
Dias depois, o secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, se reuniu com Geddel e outros membros influentes do MDB da Bahia. Essa reunião surge em um momento em que a tensão política é palpável, especialmente após a declaração do deputado estadual Nelson Leal sobre sua saída da reeleição, optando por coordenar a campanha de ACM Neto em 2026.
Reuniões como essa entre a bancada do PP e o governo são necessárias, mas indicam uma falta de controle proativo. A chance de um rompimento com o PP está na mesa. O líder dos Progressistas, Niltinho, já discute possibilidades de filiação ao PSB, reforçando essa sensação de instabilidade.
Outro ponto que requer atenção é a saída de Sérgio Brito da Secretaria de Desenvolvimento Urbano. O deputado federal, que foi licenciado, retornou à Câmara sem um agradecimento ou menção formal do governo, o que é incomum em situações desse tipo. Brito parece ter optado por focar na sua reeleição, cansado de esperar resultados positivos ao lado de Jerônimo.
Enquanto isso, o governador tem investido em viagens a municípios geridos por adversários. Isso levanta perguntas sobre a real eficácia dessas ações. Há murmúrios silenciosos de que ser oposição poderia ser mais vantajoso do que ser aliado. Jerônimo ganhou a reputação de viajar muito enquanto gerencia pouco a Bahia, muitas vezes apenas para aparecer ao lado de figuras como Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília.
Após quase três anos no cargo, o deslumbramento deveria ter dado lugar a uma administração mais firme. Jerônimo ainda parece não ter se adaptado completamente à realidade política. Em vez de agir de forma proativa, continua ali, apenas reagindo. E isso, sem dúvida, beneficia seus adversários.
E você, o que pensa sobre a situação política da Bahia? Compartilhe suas ideias nos comentários e vamos discutir!

Facebook Comments