Na noite de quarta-feira, 19 de novembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou uma lei que exige a divulgação dos arquivos relacionados ao financista Jeffrey Epstein, que morreu em 2019. O projeto, aprovado pelo Congresso no dia anterior, determina que o Departamento de Justiça tem um mês para divulgar todos os documentos não classificados sobre o caso.
Inicialmente, Trump era contra a divulgação, mas mudou de opinião quando percebeu que o apoio ao projeto crescia entre os legisladores. Em sua conta no Truth Social, o presidente declarou que havia assinado a lei. O suicídio de Epstein em sua cela gerou várias teorias da conspiração, incluindo alegações de que ele teria sido assassinado para evitar revelações comprometedores.
Durante a campanha presidencial de 2024, Trump prometeu fazer revelações impactantes sobre o caso. Agora, ele descreve a investigação como uma “farsa” criadas pelos opositores democratas. Recentemente, Trump declarou que não tem vínculos com Epstein, a quem afastou de seu clube em Mar-a-Lago por considerá-lo um “pervertido doente”.
Trump e Epstein se conheceram no final dos anos 1980 e mantiveram uma relação próxima até o início dos anos 2000, antes dos processos judiciais que o levaram a ser acusado de exploração sexual de menores. Vale destacar que Trump nunca foi acusado em conexão a esse caso, mas opôs-se inicialmente à lei que buscava maior transparência sobre o assunto.
O projeto de lei obteve um apoio maciço na Câmara dos Representantes, com 427 votos a 1, sendo aprovado pelo Senado por unanimidade em um procedimento especial, sem debates. Além dos documentos de Epstein, o texto prevê a liberação de registros sobre sua cúmplice, Ghislaine Maxwell, que cumpre pena de 20 anos de prisão.
Na última semana, Trump pediu a sua secretária de Justiça, Pam Bondi, que iniciasse uma investigação sobre as relações de Epstein com figuras democráticas, incluindo o ex-presidente Bill Clinton. O Departamento de Justiça e o FBI já haviam afirmado que não encontraram provas suficientes para uma investigação sobre pessoas até então não processadas.
Além disso, a nova legislação permite que o Departamento de Justiça retenha ou censure documentos sob certas condições, especialmente para proteger a privacidade das vítimas ou em razão de investigações em andamento. O legislador republicano Thomas Massie, um dos autores do projeto, levantou preocupações sobre a possibilidade de que essas investigações sirvam como uma “cortina de fumaça” para adiar a divulgação dos arquivos de Epstein.
Agora, o tema da divulgação dos arquivos de Epstein ganha nova força, e a pressão por transparência no assunto continua. O que você acha dessa decisão? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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