O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) será a sede do primeiro Instituto Tecnológico de Emergência do Brasil. Essa nova unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) promete reduzir o tempo de espera em emergências, passando de uma média de 120 minutos para apenas 90 minutos.
O investimento na construção da unidade será de R$ 1,7 bilhão, financiado por meio de um acordo com o Banco do BRICS. O ministério irá aguardar a avaliação final da documentação necessária antes de seguir em frente. A expectativa é que o hospital comece a operar em 2029.
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Para viabilizar a construção, o governo federal firmou um acordo de cooperação com o HC e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que fornecerá o terreno. Esse era o último passo para finalizar o pedido de financiamento. A nova unidade fará parte da Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes e Medicina de Alta Precisão do SUS, que busca modernizar a assistência hospitalar no Brasil.
O gerenciamento e funcionamento da unidade ficarão sob responsabilidade do HC, com custos compartilhados entre o Ministério da Saúde e a secretaria de Saúde de São Paulo.
Alexandre Padilha, durante a apresentação do projeto, ressaltou a importância da inovação. Ele comentou que a nova unidade vai trazer aplicações avançadas de inteligência artificial e gestão integrada de dados, tudo dentro do modelo 100% SUS. Além do hospital inteligente, haverá expansão para 13 estados com UTIs equipadas com essa tecnologia.
Modernização
Com a entrada em funcionamento desse hospital, o Ministério da Saúde acredita que o acesso a UTIs será mais rápido, o tempo médio de internação será reduzido e o número de atendimentos aumentará. A unidade será totalmente digital, utilizando inteligência artificial e telemedicina para otimizar processos.
Por exemplo, o tempo que pacientes clínicos permanecem na UTI deve cair de uma média de 48 horas para 24 horas. As internações na enfermaria também terão redução, passando de 48 horas para 36 horas. Com a integração dos sistemas, os custos operacionais poderão diminuir em até 10%.
O hospital terá capacidade para atender 180 mil pacientes anualmente em emergências e terapia intensiva, além de 10 mil em neurologia e neurocirurgia, e 60 mil consultas ambulatoriais nessa área. A estrutura seguirá padrões internacionais de sustentabilidade, com certificação verde e sistemas de monitoramento de consumo de energia, água e resíduos.
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