Após a designação da Nigéria como um “País de Preocupação Especial” pelo presidente dos EUA, Donald Trump, devido à crescente violência contra cristãos, moradores nigerianos estão se mobilizando. Eles enviaram cartas a políticos de alto escalão solicitando um fim aos abusos que afetam a população.
Apesar de cerca de 50% dos nigerianos serem cristãos, o país é considerado o 11º pior em termos de perseguição religiosa. Isso é resultado da violência sectária, em grande parte oriunda da relevante população islâmica.
Anualmente, o número de cristãos mortos ou sequestrados na Nigéria ultrapassa o de qualquer outro lugar do mundo. Somente na última semana foram registrados dois ataques fatais contra igrejas.
A Coalizão Global pela Liberdade Religiosa na Nigéria (GCFRN), que representa nigerianos dentro e fora do país, enviou uma carta aberta ao Presidente do Senado e ao Presidente da Câmara dos Representantes, pedindo ações imediatas. A coalizão observa falhas contínuas nos serviços de segurança, que muitas vezes não conseguem prevenir ataques, mesmo quando avisos prévios são feitos.
Além disso, a GCFRN critica a Assembleia Nacional, sugerindo que está tentando ignorar a realidade da situação. Segundo eles, essa atitude pode indicar que o governo é incapaz de lidar com o problema ou, pior, cúmplice na crise.
Dentre as recomendações da GCFRN estão o fim das leis de blasfêmia, a devolução de terras às comunidades deslocadas por militantes e a criação de um departamento para registrar e investigar denúncias de crimes relacionados à liberdade religiosa.
Scot Bower, CEO da Christian Solidarity Worldwide, também expressou apoio à GCFRN, pedindo ao governo nigeriano que tome medidas imediatas contra as violações de liberdade religiosa em todo o país. Ele destacou a gravidade da situação, citando ataques recentes em Borno, Kaduna, Kebbi e Kwara, que refletem a violência enfrentada nas regiões norte e central há mais de uma década.
Bower apelou à comunidade internacional para ajudar a Nigéria na identificação e responsabilização de financiadores e perpetradores de atos de terrorismo e violência religiosa.
Esse chamado à ação reforça a necessidade urgente de uma resposta eficaz para garantir a segurança e a liberdade religiosa na Nigéria. O que você acha da situação? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua opinião.

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