Uma cirurgiã-dentista está enfrentando novas acusações de lesão corporal de natureza grave e exercício ilegal da medicina. Este é o quinto indiciamento da profissional, cuja última ocorrência foi nesta segunda-feira, no dia 24, na Delegacia Territorial de Vitória da Conquista, localizada no sudoeste da Bahia.
O novo indiciamento se refere a um procedimento estético questionável realizado em abril deste ano. Um laudo pericial anexado ao inquérito revelou que a vítima ficou com cicatrizes nas regiões peri-auriculares (orelhas) e submentoniana (papada), resultando em deformidades permanentes.
A investigação detectou uma discrepância grave entre o que foi realizado e o que a vítima havia consentido. O Termo de Consentimento que a paciente assinou mencionava apenas “pequenos cortes abaixo do queixo”, sem qualquer referência às incisões nas orelhas.
Informações obtidas pelo Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias, confirmaram que os laudos periciais identificaram cicatrizes que não estavam previstas no termo de consentimento e que contrariam a Resolução CFO nº 230/2020 do Conselho Federal de Odontologia, que proíbe esse tipo de procedimento para cirurgiões-dentistas.
Este indiciamento soma-se a várias outras investigações anteriores. A profissional já foi acusada por procedimentos estéticos irregulares com outras sete vítimas em sua clínica. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) já apresentou denúncias contra a dentista no que diz respeito a seis desses casos.
Este assunto levanta questões importantes sobre a regulamentação e a ética nas práticas estéticas. O que você pensa sobre esse caso? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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