Um incêndio devastador em um complexo residencial no distrito de Tai Po, em Hong Kong, resultou na morte de 55 pessoas e deixou pelo menos 72 feridos. Essa tragédia é considerada o incêndio mais letal da cidade em três décadas. O fogo começou na quarta-feira e, até agora, as chamas continuam a ser combatidas.
A situação é alarmante, com cerca de 300 pessoas ainda desaparecidas. Muitas delas podem estar presas nas torres em chamas, segundo informações do Corpo de Bombeiros. Até o momento, 51 mortes foram confirmadas no local, e quatro pessoas faleceram após serem levadas para o hospital. Entre os mortos, está um bombeiro que participava das operações de resgate.
A causa do incêndio está sendo investigada. A polícia acredita que a rápida propagação das chamas foi potenciada por telas de construção e andaimes de bambu utilizados nas reformas do complexo. Os materiais não atendiam aos padrões de segurança contra incêndios.
Três homens ligados à construtora Prestige Construction & Engineering Company, responsável pelas reformas, foram presos sob suspeita de homicídio culposo. A superintendente da polícia de Hong Kong, Eileen Chung, afirmou que a empresa demonstrou grande negligência, resultando nesse acidente.
Nesta quinta-feira, a polícia fez buscas na sede da construtora e apreendeu diversos documentos como parte da investigação.
O Corpo de Bombeiros recebeu o chamado de emergência às 3h51 (horário de Brasília). Centenas de agentes foram acionados, e a situação foi classificada como um incêndio de nível 5, o mais alto. Quatro dos oito blocos do complexo já foram apagados, três estão controlados e um não foi atingido.
As operações de resgate enfrentam dificuldades devido às altas temperaturas dentro dos prédios, o que limita a atuação dos bombeiros. Os feridos resgatados apresentaram queimaduras graves e intoxicação por inalação de fumaça.
O complexos abriga cerca de 4,6 mil moradores em aproximadamente dois mil apartamentos, distribuídos em torres de mais de 30 andares. Este incêndio reacende a discussão sobre a segurança nas obras em Hong Kong, especialmente sobre o uso de andaimes de bambu, que já foram responsáveis por 22 mortes de trabalhadores entre 2019 e 2024 e por outros incêndios neste ano.
O último grande incêndio na cidade ocorreu em 1996, resultando em 41 mortes e mudanças nas normas de segurança contra incêndios nos arranha-céus. Em consequência da tragédia recente, uma seção da rodovia Tai Po foi fechada, e linhas de ônibus foram desviadas, com a polícia isolando áreas vizinhas por questões de segurança.
Essa tragédia impacta profundamente a região, levantando questões essenciais sobre segurança em construção e proteção dos moradores. O que você pensa sobre isso? Deixe sua opinião nos comentários. Vamos dialogar sobre as medidas que podem ser tomadas para evitar situações semelhantes no futuro.

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