Recentemente, o número de acidentes com abelhas no Distrito Federal subiu de forma alarmante. Na última quinta-feira, 27 de novembro, um enxame atacou pessoas que passavam pela quadra 713 da Asa Sul, deixando pelo menos três feridos que precisaram de atendimento médico urgente.
Embora não haja uma estatística oficial, o Corpo de Bombeiros (CBMDF) notou um aumento significativo nas chamadas para captura e remoção de insetos, incluindo abelhas e marimbondos. De janeiro a outubro de 2025, foram registradas 8.185 ocorrências, o que representa uma média de 27 atendimentos diários. Esse número é 131% maior do que o registrado no ano anterior, que teve 3.534 intervenções.
Se considerarmos apenas o mês de outubro, a situação é ainda mais preocupante. Este ano, o DF registrou 1.711 ocorrências no referido mês, comparadas a 343 em 2024, um aumento de 399%.
Um dos episódios mais impactantes aconteceu em fevereiro, quando Vitor Hugo Ferreira Duarte, um estudante de 14 anos, foi atacado por cerca de 4.500 abelhas na Fercal. Ele foi picado em várias partes do corpo, incluindo a boca e até nas partes íntimas. O adolescente passou duas semanas internado e teve alta no final de fevereiro.
Motivos do aumento
De acordo com o apicultor José Serafim, que atua na área há 45 anos, três fatores principais contribuem para os ataques de abelhas em áreas urbanas: o período de reprodução, as queimadas e as altas temperaturas. Ele explica que o calor pode deixá-las mais irritadas e propensas a atacar. Além disso, barulhos, como os provocados pela poda de grama, podem incomodar os insetos.
“O calor pode deixá-las mais irritadas e propensas a atacar. Além disso, a presença de filhotes pode interferir em seu comportamento”, afirmou o apicultor.
Esse foi o caso de uma aluna e uma professora da Escola Classe 209, na Asa Sul, atacadas por um enxame no dia 18 de novembro. O Corpo de Bombeiros encontrou o enxame agitado, possivelmente devido a um serviço de roçagem realizado nas proximidades. Ambas foram atendidas, mas não tiveram ferimentos graves.
Outros incidentes no DF
O DF já registrou outros incidentes relacionados a abelhas neste ano. Em abril, uma mulher de 69 anos foi socorrida em Samambaia após um ataque. Em junho, um cachorro foi morto, e um homem ferido no Lago Norte. Depois, em outubro, um ataque na Sociedade Hípica de Brasília feriu um funcionário da instituição. Em Catalão, Goiás, uma tragédia ocorreu quando um menino de 9 anos, que sofreu mais de 1 mil picadas, morreu após ser atacado enquanto brincava em uma área com vegetação.
Dicas de segurança
Se você se deparar com um enxame, o capitão Cláudio Oliveira, do Centro de Comunicação do Corpo de Bombeiros, alerta para algumas precauções. O principal conselho é não se aproximar. “Evite cutucar, jogar objetos ou acender fumaça, pois as abelhas são sensíveis a vibrações e sons”, destaca.
Caso um enxame comece a perseguir você, procure rapidamente um lugar fechado, como um carro ou uma casa. Não busque abrigo em água, pois as abelhas costumam aguardar na superfície e continuarão atacando quando você sair.
Se você for picado, é essencial buscar atendimento médico, especialmente se forem muitas picadas. Evite práticas caseiras como cobrir as picadas com barro ou pasta de dente. O correto é retirar o ferrão com cuidado, raspando a pele com um cartão rígido.
E aí, pessoal, o que vocês acham sobre esses incêndios? Já passaram por situações semelhantes? Contem suas experiências nos comentários.
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