A Justiça peruana emitiu, nesta quinta-feira, a sentença contra o ex-presidente Pedro Castillo, que foi condenado pelos crimes de rebelião, abuso de autoridade e perturbação da ordem pública. A acusação vem após sua tentativa fracassada de fechar o Congresso em 2022.
Castillo, que era professor de uma escola rural e sindicalista, marcou a história ao vencer a eleição em 2021. Ele se tornou o primeiro presidente do Peru sem vínculos com as elites. No entanto, seu governo não conseguiu implementar as reformas desejadas, em parte devido às acusações de corrupção que surgiram durante a crise política.
A decisão da Justiça encerra um processo de oito meses que também envolveu outros sete réus, incluindo a ex-primeira-ministra Betssy Chávez, que se encontra asilada na embaixada do México em Lima desde 3 de novembro. A audiência foi presidida pelo juiz José Neyra e começou às 9h00.
O Ministério Público havia solicitado 34 anos de prisão para Castillo e 25 anos para Chávez. Atualmente, o ex-presidente de 56 anos está preso há quase três anos em uma unidade destinada a ex-presidentes, localizada em uma base policial na zona leste de Lima.
Com esta sentença, o Peru soma mais três ex-presidentes em situações semelhantes de encarceramento, entre eles Alejandro Toledo, Ollanta Humala e Martín Vizcarra. Esse cenário reflete um período conturbado na política peruana.
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