Os bombeiros de Hong Kong conseguiram apagar o incêndio que devastou o complexo habitacional Wang Fuk Court. O fogo foi extinguido às 10h28 desta sexta-feira, no horário local, após 43 horas de trabalho ininterrupto.
Tragicamente, o número de mortos chegou a 128, com 79 pessoas hospitalizadas e cerca de 200 ainda desaparecidas, conforme informações do South China Morning Post.
As equipes de resgate continuam a busca por desaparecidos no local. O Wang Fuk Court, situado no bairro de Tai Po, possui mais de 2 mil apartamentos e abriga cerca de 4 mil moradores. O incêndio atingiu sete dos oito prédios do complexo.
O condomínio estava em reforma desde julho de 2024 e, por isso, esteve coberto por andaimes e telonas. Parte dos materiais utilizados era altamente inflamável, o que pode ter contribuído para a rapidez com que o fogo se espalhou.
Cinco pessoas foram presas por homicídio culposo, incluindo diretores e funcionários da empreiteira responsável pela reforma. A superintendente Eileen Chung afirmou que a empresa pode ter agido com grave negligência, o que resultou na tragédia.
“Temos razões para acreditar que houve uma grave negligência que permitiu que o fogo se alastrasse de forma incontrolável”, declarou Eileen Chung.
Além disso, as investigações revelaram o uso de um isopor altamente inflamável nas janelas dos elevadores e a inadequação das telas de proteção. As chamas se iniciaram nos andaimes de bambu, espalhando-se por todo o conjunto habitacional.
Esse incidente se tornou o mais mortal da história de Hong Kong, superando o incêndio no edifício Garley, em 1996, que deixou 41 mortos.
A secretária de Habitação, Winnie Ho Wing-yin, informou que o governo está oferecendo assistência aos moradores afetados e pode disponibilizar mais de 1.400 unidades habitacionais temporárias para aqueles que precisarem.
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