O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) fez uma grave acusação contra o governo estadual, apontando a instalação de câmeras de vigilância de modo secreto em várias delegacias do estado. De acordo com a categoria dos policiais, as câmeras teriam sido colocadas sem autorização judicial pela Secretaria de Defesa Social (SDS), o que, segundo eles, viola direitos fundamentais e pode afetar negativamente as investigações em curso.
Embora o Sinpol-PE tenha feito as denúncias e expressado seu descontentamento, salientando que considera esses atos como uma forma de vigilância política e um problema grave, a Polícia Civil de Pernambuco negou que haja qualquer irregularidade na instalação desses dispositivos de monitoramento.
As denúncias não passaram despercebidas na esfera política estadual. Romero Albuquerque, deputado estadual por Pernambuco, exigiu do governo esclarecimentos detalhados sobre a instalação dessas câmeras. Ele questionou quais servidores têm acesso às imagens, qual o objetivo do monitoramento, se houve autorização prévia da Justiça e solicitou uma relação completa das delegacias onde foram instaladas as câmeras.
O Sinpol-PE reforçou que não é contra o uso de sistemas de gravação audiovisual oficiais, desde que estes sejam aplicados de forma clara e dentro da legalidade. O sindicato também exigiu a retirada imediata das escutas que considera ilegais, bem como a garantia da preservação do sigilo das comunicações, para proteger tanto os funcionários das delegacias quanto os cidadãos.
Posicionamento da Polícia Civil de Pernambuco
A Polícia Civil do estado se pronunciou sobre o caso, enfatizando que todos os equipamentos de videomonitoramento são instalados em locais visíveis e em conformidade com as normas operacionais. Eles asseguram que estão trabalhando em iniciativas para melhorar a tecnologia da corporação, com projetos como o Cartórios do Plantão Digital e o Projeto Segurança Orgânica, todos visando modernizar a infraestrutura, aumentar a segurança e proteger os direitos dos cidadãos.
Esse turbilhão de acusações e negações levanta questões importantes sobre privacidade, segurança e governança. Procuramos a Secretaria de Defesa Social e o Ministério Público para obter mais informações e aguardamos uma resposta. Continuaremos a acompanhar de perto essa história e atualizaremos você com qualquer novo desenvolvimento. Sua opinião é importante nesse contexto sensível e carregado de implicações tanto para a segurança pública quanto para a liberdade individual. O que você pensa sobre o uso dessas tecnologias por instituições governamentais? Deixe seu comentário e vamos manter a discussão ativa.

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