Carlos Viana, presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, anunciou na segunda-feira (1º de dezembro) que vai solicitar a prorrogação dos trabalhos da CPMI por mais dois meses. O encerramento da comissão está previsto para março de 2026.
Viana comentou sobre a quantidade de documentos e a relevância dos episódios investigados. “As datas disponíveis em dois meses se esgotarão rapidamente. Por isso, estarei propondo essa prorrogação”, afirmou durante uma audiência.
Farra do INSS
O escândalo envolvendo o INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens que começaram em dezembro de 2023. Em poucos meses, foi identificada uma disparada na arrecadação das entidades devido aos descontos das mensalidades de aposentados, que ultrapassaram R$ 2 bilhões em um ano. Paralelamente, muitas associações estavam sendo processadas por fraudes nas filiações de segurados.
Os artigos do Metrópoles resultaram na abertura de um inquérito pela Polícia Federal e contribuíram para investigações da Controladoria-Geral da União (CGU). No total, 38 matérias do portal foram citadas na representação que levou à Operação Sem Desconto, iniciada em 23 de abril, a qual resultou na demissão do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Segundo o regimento do Congresso, a solicitação de prorrogação precisa ser comunicada à Mesa do Congresso, presidida pelo senador Davi Alcolumbre, lida em Plenário e publicada no Diário do Congresso para que tenha validade.
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