O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez sérias acusações contra Honduras, alegando que há tentativas de fraudar o resultado das eleições presidenciais. Em uma postagem na madrugada de terça-feira, Trump afirmou que “haverá consequências terríveis” se isso realmente ocorrer.
Ele se manifesta em apoio ao candidato conservador Nasry Asfura, do Partido Nacional, que lidera a disputa com 39,91% dos votos apurados, contra Salvador Nasralla, do Partido Liberal, que tem 39,89%. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) informa que a diferença entre os dois candidatos é de apenas 515 votos.
As acusações de Trump surgem após uma interrupção na contagem dos votos, ocorrida às 12h de segunda-feira, devido a uma falha técnica. O CNE anunciou que a contagem seria retomada na manhã de terça-feira, com 57% dos votos já apurados.
“Trata-se de uma falha técnica na plataforma de disseminação, que estamos trabalhando para resolver. Não foi uma decisão tomada pela CNE. Estamos buscando explicações e teremos uma reunião extraordinária com a empresa às 21h30 de hoje; o sistema possivelmente estará funcionando novamente amanhã de manhã”, explica o CNE em nota.
Na rede social Truth Social, Trump ressaltou que qualquer tentativa de manipulação das eleições seria “um escândalo enorme”, ressaltando a importância de contabilizar os votos de centenas de milhares de hondurenhos e afirmando que “a democracia precisa prevalecer”.
Os resultados preliminares das eleições de 30 de novembro já confirmam o retorno da direita ao poder em Honduras, que até então era governada pelo Partido Livre, de esquerda. O partido atual não teve sucesso, com a candidata Rixi Moncada somando apenas 19,16% dos votos até agora.
A disputa está acirrada entre dois candidatos de direita, um conservador e um liberal. Trump já se manifestou contra Nasralla, chamando-o de “quase comunista”. As eleições em Honduras são decididas em um único turno, e o candidato que obtiver a maioria simples governará o país entre 2026 e 2030.
Na última sexta-feira, Trump declarou apoio a Tito Asfura e prometeu perdoar o ex-presidente Juan Orlando Hernández, condenado por tráfico de drogas nos EUA, caso Asfura vença. Trump enfatizou que o envio de ajuda aos hondurenhos também dependeria da vitória de Asfura.
“Se Tito Asfura vencer a eleição, os Estados Unidos depositam grande confiança nele. Caso contrário, não desperdiçaremos dinheiro, pois um líder inadequado pode trazer resultados catastróficos”, afirmou Trump.
Juan Orlando Hernández, ex-presidente de Honduras entre 2014 e 2022, foi considerado culpado de três acusações relacionadas ao tráfico de drogas e armas. Durante seu governo, cartéis transportaram grandes quantidades de cocaína para os EUA.
Trump finalizou prometendo um perdão total a Hernández, alegando que ele foi tratado de forma injusta e que, após uma possível vitória de Asfura, Honduras estaria a caminho de um grande sucesso.
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