Nesta terça-feira (2 de dezembro), o dólar iniciou o dia em queda, com investidores avaliando os dados da produção industrial no Brasil e as declarações do Banco Central (BC) e do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos.
Dólar
- Às 9h12, a moeda americana apresentava um recuo de 0,12%, cotada a R$ 5,352.
- No dia anterior, o dólar fechou com alta de 0,43%, a R$ 5,358.
- Até agora, a moeda dos EUA acumula uma valorização de 0,43% em dezembro, mas uma perda de 13,3% em relação ao real no ano.
Ibovespa
- As negociações do Ibovespa, principal índice da B3, começam às 10 horas.
- Na sessão anterior, o índice fechou em queda de 0,29%, ficando nos 158,6 mil pontos.
- Até agora, a Bolsa acumula baixa de 0,29% em dezembro, mas uma valorização impressionante de 31,83% em 2025.
Produção industrial
O destaque do dia é a divulgação da produção industrial brasileira, referente ao mês de outubro.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção cresceu 0,1% em comparação ao mês anterior.
Contudo, houve um recuo de 0,5% em relação a outubro do ano passado. No acumulado dos dez primeiros meses de 2025, o crescimento é de 0,8%, e em 12 meses até outubro, a alta alcança 0,9%.
Entre setembro e outubro, três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 ramos industriais apresentaram crescimento. A principal contribuição positiva veio das indústrias extrativas, que avançaram 3,6% após dois meses de queda.
Juros no Brasil e nos EUA
No pregão de hoje, investidores estão focados nas declarações dos líderes dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos.
Na segunda-feira (1/12), o presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou que não há previsão de alteração na taxa Selic, que atualmente está em 15% ao ano. Ele ressaltou que a política monetária deve se manter restritiva para controlar a inflação.
Este monitoramento é intensificado pelo Boletim Focus, que mostrou pequenas mudanças nas previsões de inflação para 2025, de 4,45% para 4,43%. Para 2026, a projeção também foi ajustada de 4,18% para 4,17%.
Nos Estados Unidos, as declarações de Jerome Powell e outros membros do Fed são aguardadas. O mercado especula sobre uma possível redução nas taxas de juros, atualmente entre 3,75% e 4% ao ano. Recentemente, discursos otimistas do Fed elevaram as expectativas para esse cenário, com uma probabilidade de 87,2% para um corte de 0,25 ponto percentual.
Análise
Bruno Shahini, especialista da Nomad, comentou que a expectativa de taxa de juros em queda nos EUA está se consolidando, o que impacta negativamente o dólar. Além disso, o bom desempenho das moedas emergentes também contribui para a valorização do real.
Ele completou que o fluxo estrangeiro na Bolsa e os dados de emprego, que mostram uma taxa de desemprego em mínimo histórico, reforçam a percepção de que as taxas de juros poderão permanecer altas por um tempo maior.
E você, o que pensa sobre essas movimentações do dólar e os impactos na economia? Deixe sua opinião nos comentários!

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