O processo de cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) pode abafar as possibilidades de diálogo entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ). Na última terça-feira, Lindbergh anunciou que irá recorrer ao STF para exigir que Motta cassa, de forma automática, o mandato de Zambelli e do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Essa decisão de Lindbergh não é nova. A insistência dele em acionar o STF já havia gerado um racha entre ele e Motta, levando a um rompimento de relações semanas atrás. A avaliação de aliados de Motta é que essa nova ação só tende a agravar a tensão entre os dois.
Lindbergh reconhece em conversas com aliados que não vê espaço para a reconciliação neste momento. Contudo, ele justifica sua decisão de levar o caso ao STF como uma necessidade de resposta frente à situação envolvendo Zambelli.
Na mesma terça-feira, o relator do caso de Zambelli na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Diego Garcia (Republicanos-PB), informou que solicitará a absolvição da deputada em seu parecer. Garcia argumenta que não é possível ter certeza de que Zambelli realmente ordenou o ataque ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), crime que resultou na sua condenação a 10 anos de prisão e à perda do mandato.
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