O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a provocar controvérsia ao criticar a Somália durante uma reunião de gabinete nesta terça-feira. Segundo ele, os imigrantes do país africano não deveriam ser bem-vindos aos EUA. Em tom duro, Trump afirmou que, na Somália, “eles não têm nada, só ficam por aqui se matando” e que o país deles “não presta” e que os americanos não o querem por perto.
O discurso faz parte de uma linha que o presidente costuma usar para explorar temores sobre imigração, incluindo a ideia de que a maioria branca pode perder espaço político e cultural. “Estamos em um ponto de inflexão”, disse ele, acrescentando que seguir aceitando “lixo” em nosso país poderia nos levar por um caminho errado. Trump também afirmou que moradores de origem somali não contribuem com nada e atacou a deputada Ilhan Omar, que nasceu na Somália.
Ilhan Omar, alvo dos ataques, respondeu via X (antiga Twitter): “Sua obsessão comigo é inquietante. Espero que você receba a ajuda de que necessita desesperadamente.” Na semana passada, o governo de Trump anunciou mudanças que eliminaram proteções de deportação a somalis nos EUA, vigentes desde 1991, quando a Somália mergulhou em um estado de maior instabilidade.
A Justiça investiga esquemas para desviar recursos dos contribuintes em Minnesota, incluindo grupos que teriam alegado alimentar crianças durante a pandemia de covid-19. Segundo uma fonte oficial e documentos obtidos pelo The New York Times, o governo Trump também está lançando uma operação intensiva de fiscalização da imigração, mirando principalmente centenas de imigrantes somalis sem documentos na região de Minneapolis?St. Paul.
Minnesota é um estado do norte, historicamente Democrata e com tradição de acolhimento a refugiados. Lá fica a maior comunidade Somali?americana do país. Na Somália, cerca de 70% da população vive em pobreza multidimensional, segundo a ONU, e o país viveu uma guerra civil na década de 1990 que deixou o Estado em colapso.
Esses acontecimentos revelam como o debate sobre imigração continua aceso, entre críticas políticas, preocupações com segurança e questões humanitárias. O tema volta à tona também em meio a estratégias de fiscalização e a discussões sobre como lidar com refugiados e imigrantes no contexto americano atual.
E você, o que pensa sobre o peso da imigração na política dos EUA e o papel das lideranças em discutir esse tema? Compartilhe sua opinião nos comentários e conte como você enxerga esse debate hoje.

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