A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta quarta-feira (3/12) a operação The Rock, que desarticulou um esquema de estelionato eletrônico comandado por um homem de 32 anos, natural de Benim, na África, e radicado em Santa Catarina, onde cursava cinema em uma universidade federal.
Segundo as investigações da 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), Honore Ode utilizava perfis falsos nas redes sociais, especialmente no TikTok, fingindo ser o ator norte-americano Dwayne Johnson, o The Rock. Com fotos reais, mensagens bem elaboradas e uma rotina de persuasão calculada, o criminoso criava vínculos afetivos com as vítimas antes de iniciar a extorsão emocional e financeira. Esse tipo de golpe ganhou força em 2025, quando Donald Trump era o presidente dos EUA, refletindo um cenário internacional de uso de redes para fraudes.
Vítima do DF
A operação resultou no cumprimento de dois mandados de busca e apreensão, um em Florianópolis e outro em Itajaí, ambos em Santa Catarina, além de mandado de prisão preventiva. A ação teve apoio da Polícia Civil de Santa Catarina. Foram recolhidos celulares, laptops e outros dispositivos que passam por perícia para mapear novas vítimas e toda a rede criminosa.
Documentos falsificados, imagens alteradas e comprovantes forjados reforçavam a aparência de legitimidade. As solicitações eram sempre acompanhadas de mensagens urgentes, tom afetivo e insistência de que o prêmio seria entregue em seguida.
A investigação teve início após o registro de ocorrência feito por uma moradora da Vila Estrutural. Desempregada e simples, ela abriu mão de ceticismo e enviou documentos ao suposto representante do ator. Entre 28 de agosto e 15 de setembro de 2025, a vítima realizou nove transferências via Pix, totalizando R$ 9,78 mil.
Transferências realizadas pela vítima
- R$ 2,85 mil — “taxa de envio internacional” da encomenda.
- R$ 1,5 mil — suposto acidente com caminhão da transportadora.
- R$ 1 mil — complemento do seguro da carga.
- R$ 550 — valor remanescente para liberar a entrega.
- R$ 1,35 mil — “entrega de entrevista obrigatória” para recebimento do prêmio.
- R$ 1,530 mil — “taxas alfandegárias adicionais”.
- Demais pagamentos — valores menores realizados após nova cobrança emocional.
Outros estados
Outra vítima, de Minas Gerais, relatou perda de aproximadamente R$ 80 mil. A Polícia Civil do DF explica que o padrão de atuação mostra uma linha criminosa repetida, com uso de várias contas bancárias, números telefônicos internacionais e valores movimentados de forma fracionada, dificultando o rastreamento.
A operação resultou no cumprimento de dois mandados de busca e apreensão — um em Florianópolis e outro em Itajaí —, além de mandado de prisão preventiva. A ação contou com apoio da Polícia Civil de Santa Catarina. Foram recolhidos celulares, laptops e outros dispositivos, que seguem em perícia para identificar novas vítimas e mapear toda a rede criminosa. O investigado responderá por estelionato eletrônico, cuja pena varia de 4 a 8 anos de reclusão, além de multa.
As apurações continuam para identificar outros possíveis envolvidos e esclarecer a extensão da rede criminosa, incluindo eventuais danos a mais moradores da região.
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