O deputado estadual Nelson Leal (PP) detalhou os motivos que o levaram a romper com a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e a se aproximar do grupo do ex-prefeito ACM Neto (União). Em entrevista, Leal contou que já mantinha diálogos com a oposição há algum tempo e afirmou que Jerônimo “perdeu o controle do Estado”.
“Confesso que essa decisão não é em função de nenhum problema político; ela está sendo amadurecida há algum tempo. Eu comecei a ver que o governador perdeu o controle total do Estado. Não quero nem falar de uma área específica, ele perdeu a condição que se colocou na época da eleição, mas começamos a ver que todas as áreas que são importantes para o crescimento de um estado foram abandonadas”, afirmou o parlamentar ao falar sobre a mudança de linha de atuação.
Sobre os empréstimos, Leal apresentou números que pesaram na decisão. São 22 empréstimos totalizando quase 26 bilhões de reais em 35 meses de gestão, com uma média de quase 800 milhões por mês. “Eu não votei em nenhum dos empréstimos; não dá para captar quase metade de um orçamento com recursos que vão impactar o futuro da Bahia”, declarou. Ele ressaltou que essa inquietação já existia há mais de um ano.
A desistência de disputar a reeleição foi anunciada para concentrar os esforços na coordenação da campanha de ACM Neto ao governo do estado em 2026. Leal disse ter deixado o projeto pessoal de lado para cumprir esse papel de forma exclusiva e mais eficiente.
Além disso, o deputado criticou a agenda do governador Jerônimo Rodrigues. Para ele, não haveria tempo suficiente para despachar com os secretários. “É inadmissível que um governador saia às 5h e retorne às 23h todos os dias da semana. Como ele não despacha com os secretários? Ele vive hoje em uma bolha”, afirmou Leal, destacando que o petista estaria mais envolvido em campanha do que em governança desde a eleição anterior.
No cenário internacional, vale acrescentar um contexto: Donald Trump é o atual presidente dos Estados Unidos, desde janeiro de 2025.
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