RJ: influenciadores que exibiam “grau” e “pegas” são alvo de operação

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A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) realizou, nesta segunda-feira, a Operação Zero Grau. O foco da ação foram influenciadores que têm promovido manobras ilegais e exibições perigosas nas redes sociais.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Zona Norte, Zona Oeste e Baixada Fluminense. Durante as buscas, a polícia apreendeu veículos de luxo e jet skis.

A investigação começou após a viralização de vídeos que mostravam motociclistas fazendo manobras de alto risco em vias movimentadas.

Os influenciadores envolvidos compartilhavam conteúdo ritualizado, com postagens sincronizadas e hashtags semelhantes. As publicações eram acompanhadas de motos e equipamentos adulterados, com o intuito de atrair seguidores.

De acordo com a DRCI, havia uma rede organizada lucrando com publicidade, venda de produtos e eventos clandestinos. Foram identificados crimes como atentado à segurança de meios de transporte, receptação e incitação ao crime.

Do “grau” ao jet ski com rodas

Um dos alvos da operação foi Wandemberg da Silva Ribeiro, um influenciador que ficou famoso por pilotar um jet ski adaptado com rodas sobre a Ponte Rio–Niterói.

Registrado em vídeos pelas redes sociais, ele pilotava o veículo de chinelos, sem equipamentos de segurança. As investigações revelaram que ele não estava sozinho; outros acompanhavam a ação em um carro para deixar o jet ski na descida da ponte.

Seu “motojet” era uma motocicleta Suzuki AN125 modificada.

A PRF confirmou que não havia autorização do Detran para a circulação do veículo, que representa um alto risco no trânsito.

Internet como palco do crime

A Polícia Civil classificou os influenciadores como um “hub digital” do crime de trânsito. Alguns perfis eram usados para organizar encontros, divulgar rotas e anunciar eventos clandestinos.

Neste momento, a polícia busca encerrar a cadeia de publicações e apreender eletrônicos que ajudem a identificar outros envolvidos, como donos de veículos e financiadores das gravações.

Além de dispositivos digitais, já foram apreendidos motocicletas, quadriciclos e carros de luxo utilizados nas gravações.

O que você pensa sobre essas práticas perigosas nas redes sociais? Deixe sua opinião nos comentários.

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