Uma imensa árvore de Natal foi erguida na cidade de Belém, na Cisjordânia, pela primeira vez desde 2022. Essa cidade, considerada o berço de Jesus pelos cristãos, não havia realizado celebrações públicas nos últimos dois anos devido ao conflito em Gaza.
Com o frágil cessar-fogo em Gaza completando dois meses, Belém celebrou a iluminação de sua árvore, de 20 metros, na Praça da Manjedoura no último sábado. A cerimônia atraiu milhares de palestinos da Cisjordânia e até de Israel, que aplaudiram ao ver as luzes acesas pouco antes das 20h.
Randa Bsoul, uma residente de 67 anos de Haifa, destacou a importância do evento: “Viemos para celebrar, assistir e aproveitar, porque há vários anos não tínhamos essa oportunidade.” A alegria, no entanto, é ofuscada pela realidade da guerra em Gaza, onde mais de 70 mil pessoas morreram desde outubro de 2023, após um ataque do Hamas a Israel.
A guerra teve um impacto profundo em Belém e na região, afetando a economia local que depende do turismo. Um lojista da cidade expressou sua preocupação com a situação econômica deteriorada e o aumento das restrições israelenses que limitam a circulação de palestinos.
O prefeito de Belém, Maher Canawati, comentou sobre a celebração: “A ferida de Gaza é a nossa ferida, e a luz do Natal não tem significado a menos que primeiro toque os corações dos aflitos e oprimidos em toda a Palestina.” De fato, muitos moradores esperam que o Natal e o Ano Novo tragam paz após um período de intensa dor.
Enquanto a cidade acendia suas luzes, a incerteza do futuro se fazia presente. Nenhum fogos de artifício foram disparados, um sinal do momento delicado que a região vive. Diana Babush, uma moradora de Belém, afirmou: “Estamos em busca de esperança. Esperamos que a paz prevaleça.”
Esse contraste entre celebração e dor reflete o desejo de muitos na região por dias mais tranquilos. E você, o que acha sobre a situação atual em Belém e Gaza? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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