Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e membro do União Brasil, foi preso preventivamente na última quarta-feira, durante a Operação Unha e Carne. Essa operação investiga o vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun, que envolve políticos e agentes públicos ligados ao Comando Vermelho. A prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Atualmente, Bacellar está detido na Superintendência da Polícia Federal no Rio, onde possui uma sala de Estado-Maior. A Comissão de Constituição e Justiça da Alerj votou a favor da revogação da prisão por 4 a 3, e o assunto agora vai para o plenário, mas a decisão final cabe ao STF.
Bacellar, que cumpre seu segundo mandato como deputado estadual, já foi secretário de governo do estado entre 2021 e 2022, indicado pelo governador Cláudio Castro.
A Polícia Federal acusa Bacellar de ter antecipado informações da Operação Zargun ao deputado TH Joias, que foi preso em setembro por vínculos com o Comando Vermelho. O vazamento teria contribuído para a obstrução das investigações. Além disso, há indícios de que Bacellar orientou TH Joias a remover objetos de sua residência para ocultar provas. A defesa nega qualquer irregularidade.
Além da prisão, mandados de busca e apreensão foram executados em endereços associados a Bacellar em Botafogo, Campos dos Goytacazes, Teresópolis e na Alerj. Durante as buscas, foram encontrados R$ 90.840 em dinheiro vivo no carro oficial do deputado e três celulares, que passarão por perícia.
Entenda a Operação Zargun
Iniciada em setembro, a Operação Zargun investiga um esquema de corrupção envolvendo lideranças do Comando Vermelho no Complexo do Alemão e agentes públicos, incluindo policiais e um ex-secretário municipal e estadual. As acusações variam de organização criminosa armada a lavagem de dinheiro. Mensagens obtidas na operação levantaram suspeitas sobre o envolvimento de Bacellar no vazamento de informações.
Na decisão que autorizou a prisão, o ministro Moraes destacou que havia “fortes indícios” da participação de Bacellar em uma organização criminosa, enfatizando a infiltração política do Comando Vermelho no estado. Segundo Moraes, houve comunicação entre Bacellar e TH Joias antes da operação, com orientação do deputado para remover objetos que interessavam à PF, indicando a possibilidade de continuação da atividade criminosa.
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