Terceirização e desvalorização do trabalho das doulas deixa muitas incertezas nos serviços públicos neonatais em Teixeira de Freitas

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O trabalho das doulas, que se tornou um dos maiores destaques de inovação e humanização no sistema de saúde de Teixeira de Freitas, tem enfrentado desafios significativos nos últimos tempos, principalmente devido à terceirização dos serviços públicos de saúde. Inicialmente, o serviço foi um marco na gestão do Prefeito Marcelo Belitardo, oferecendo suporte emocional e físico às gestantes, e garantindo um parto mais tranquilo e natural, além de reforçar a humanização no atendimento. No entanto, a recente mudança na forma de contratação das doulas tem provocado a desvalorização da profissão e gerado incertezas sobre o futuro do serviço.

A terceirização, que começou a afetar o Hospital Municipal de Teixeira de Freitas, agora se estendeu também à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas e ao Hospital Municipal Sagrada Família. Anteriormente, as doulas eram contratadas diretamente pela prefeitura, com um salário considerado adequado para a carga horária e as responsabilidades envolvidas. No entanto, com a terceirização, houve uma drástica redução nos vencimentos, promovendo uma mudança não apenas nas condições financeiras das doulas, mas também no ambiente de desvalorização profissional.

As doulas, que antes eram vistas como um pilar importante no atendimento humanizado, agora se sentem desmotivadas e com suas funções minimizadas, apesar de continuarem a desempenhar o mesmo papel de suporte essencial durante o trabalho de parto. A terceirização, que foi justificada pela gestão como uma estratégia de otimização de custos, tem sido vista pelas profissionais como um retrocesso, que compromete a qualidade do serviço prestado e a confiança das gestantes.

Além disso, a medida gerou um crescente sentimento de incerteza quanto ao futuro do serviço de doulas na cidade. O modelo de atendimento que, até pouco tempo, era aclamado como uma grande inovação na saúde pública, agora se vê ameaçado pela falta de valorização e pelo impacto da terceirização. A mudança no contrato das doulas levanta questões sobre a continuidade de um serviço que tem sido fundamental para a qualidade do atendimento às gestantes e para a promoção de um parto humanizado, que se tornou um diferencial no município.

Essa transformação, que antes era vista como um avanço, agora coloca em risco a experiência das gestantes e a eficácia do serviço, com a redução salarial e a incerteza sobre a continuidade do trabalho das doulas. A gestão de Marcelo Belitardo terá o desafio de lidar com essas questões e garantir que a saúde pública de Teixeira de Freitas não perca o foco na humanização e na qualidade do atendimento, elementos que fizeram a cidade se destacar como referência na assistência à gestante e ao recém-nascido.

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