A declaração do ator Wagner Moura sobre o Projeto de Lei do Streaming, que pretende regulamentar serviços de plataformas de streaming no Brasil, ganhou a atenção da Ministra da Cultura Margareth Menezes, defensora da iniciativa.
Em vídeo, Moura, indicado ao Globo de Ouro pelo filme O Agente Secreto, pediu atenção ao presidente Lula sobre o projeto, classificando-o de “bizarro”.
“Queria deixar aqui esse recado para que o Ministério da Cultura entre nesse jogo, defendendo a autonomia do país nessa questão. E o presidente Lula fique atento. Esse é um momento importante não só para o setor audiovisual brasileiro, mas para a autoestima do país, para a soberania do país.”
De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, a ministra enviou um áudio ao ator afirmando que o texto, já aprovado na Câmara, está longe do ideal, mas que o governo trabalha no “possível” dentro do Congresso, onde a correlação de forças não favorece uma regulação mais robusta.
“A gente sabe que não vamos ter a melhor coisa, a melhor regulação, mas a gente precisa ter alguma para promover melhorias. E o ambiente desregulado eu acho que não é vantagem para ninguém. É um governo que está do lado do setor, não precisa nem dizer. Acho que está bem nítido o que a gente tem buscado trabalhar.”
Entre as críticas do artista está a proposta de deduzir até 60% da Condecine por plataformas fechadas para investir em seus próprios conteúdos.
Em agosto, Fernanda Torres, Walter Salles, Kleber Mendonça Filho e outros nomes da indústria cinematográfica assinaram um abaixo-assinado contrários à iniciativa.
O que você pensa sobre esse debate? Deixe sua opinião nos comentários e participe da conversa sobre o papel do streaming, a autonomia cultural e o futuro da produção no Brasil.

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