Jimmy Lai, empresário pró-democracia de Hong Kong e fundador do extinto jornal Apple Daily, foi considerado culpado nesta segunda-feira, 15 de dezembro de 2025, por duas acusações de conspiração com agentes estrangeiros e uma de publicação sediciosa. A sentença é vista por grupos de defesa dos direitos humanos como mais um passo que agrava as restrições à liberdade de imprensa no território.
A juíza Esther Toh, da Alta Corte, afirmou que Lai “nunca hesitou em sua intenção de desestabilizar o governo” do Partido Comunista da China, segundo a leitura da decisão. O magnata permaneceu tranquilo, com os braços cruzados, ao ouvir o veredito. Lai, de 78 anos, já enfrenta possível pena de prisão perpétua, a ser anunciada em data ainda a ser definida, cabendo recurso.
Lai está detido desde 2020 e as acusações estão ligadas à aplicação da Lei de Segurança Nacional imposta pela China após as grandes manifestações pró-democracia de 2019 em Hong Kong. Segundo os promotores, ele esteve por trás de campanhas para pedir sanções a países estrangeiros e de reportagens que, na visão deles, provocaram insatisfação contra o governo.
Além de Hong Kong, o veredicto provocou reação internacional. O Reino Unido criticou processos “motivados por razões políticas” e reforçou o apelo pela libertação de Lai, que possui passaporte britânico. Representantes de EUA, França, Reino Unido e União Europeia acompanharam a leitura da sentença. Organizações como o CPJ e a Anistia Internacional condenaram o resultado, chamando-o de ataque à liberdade de imprensa.
Como você vê o estado da liberdade de expressão em Hong Kong diante dessas decisões? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da discussão sobre o futuro da imprensa diante de pressões legais e políticas.

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