O Egito pediu reformas estruturais no Conselho de Segurança da ONU para ampliar o papel da África nas decisões globais. O presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sisi afirmou que a voz do continente precisa estar presente em um mundo mais pluralista, defendendo mudanças no órgão e em instituições financeiras internacionais para garantir representação equitativa.
O Conselho de Segurança não mudou desde sua criação, em 1945, mantendo cinco países com veto permanente — Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França — e 10 membros não permanentes eleitos por mandatos de dois anos.
As declarações foram feitas durante uma conferência da parceria Rússia-África realizada no Cairo, com a participação de Lavrov e ministros de mais de 50 países africanos. O ministro russo destacou que a Rússia continua sendo um parceiro confiável para as nações africanas, fortalecendo soberania, segurança e cooperação econômica.
O fórum ganhou impulso após a cúpula de 2023, em São Petersburgo, quando o presidente Vladimir Putin buscou apoio de líderes africanos para romper o isolamento político e econômico imposto pelos países ocidentais desde a invasão da Ucrânia. A Rússia expandiu sua presença militar no continente, entregando armamentos para zonas de conflito na África Subsaariana, com uma unidade militar ligada ao Kremlin atuando no lugar de mercenários do Wagner.
As propostas de reforma refletem o debate sobre a necessidade de o Conselho de Segurança refletir o peso político atual da África e de outras regiões, ampliando a governança global. Deixe sua opinião nos comentários: você acredita que é hora de ampliar a participação africana no órgão e como isso poderia impactar a paz e a estabilidade globais?

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