Bill Clinton pediu ao atual presidente Donald Trump a divulgação integral e imediata de todos os arquivos ligados à investigação sobre Jeffrey Epstein que façam referência ao ex?mandatário. Em comunicado divulgado na segunda-feira (22), Clinton afirmou não precisar de proteção e criticou a divulgação parcial, com trechos e imagens censurados.
O texto, divulgado pela imprensa por seu porta?voz e republicado por Clinton na rede X, solicita à procuradora?geral Pam Bondi a liberação de quaisquer materiais remanescentes que mencionem ou contenham uma fotografia de Bill Clinton. A nota sustenta que a forma como os documentos vêm sendo divulgados sugere que alguém ou algo está sendo protegido.
A divulgação está sendo gradual após aprovação no Congresso de uma lei que tornou obrigatória a divulgação de informações do caso. Mais de 300 mil páginas já foram tornadas públicas. Na sexta-feira, um novo lote trouxe fotos de Epstein ao lado de políticos e celebridades, incluindo Clinton, além de centenas de páginas com trechos censurados.
Entre as imagens, há registros de Clinton em situações informais ao lado de Epstein e de outras pessoas com rostos borrados. O porta?voz do democrata afirmou que Clinton rompeu relações com Epstein muito antes de os crimes virem a público, versão similar à apresentada por Trump sobre sua própria relação com Epstein.
A divulgação dos documentos gerou críticas de democratas, vítimas do esquema e organizações civis, que acusam o governo de censura seletiva. A Associated Press informou que, pelo menos, 16 imagens teriam sido removidas do site oficial após a divulgação inicial, e a vítima brasileira Marina Lacerda também criticou a censura aplicada aos arquivos.
Trump reagiu com irritação, reiterando que nunca esteve na ilha de Epstein. Sobre Clinton, disse que ele pode se defender sozinho. Documentos divulgados anteriormente já citavam o seu nome, incluindo listas de voos do jato particular de Epstein.
O caso voltou a ganhar destaque neste ano, com as promessas de Trump de tornar públicos todos os arquivos. O governo afirmou não ter encontrado provas da existência de uma lista de clientes, o que frustrava apoiadores e aumentava a pressão por divulgação sem censura.
Participe nos comentários: qual sua leitura sobre a transparência na divulgação dos arquivos do caso Epstein e o papel de Clinton e Trump nesse processo?

Facebook Comments