Em uma operação conjunta entre as polícias civis do Rio de Janeiro e de São Paulo, Floyd L. Wallace Jr., de 30 anos, foi preso nesta segunda-feira (22). Ele é investigado por estupro de vulnerável e exploração sexual de crianças. O suspeito foi localizado no bairro da Liberdade, na capital paulista, onde tentava articular a fuga do Brasil.
O estrangeiro utilizava perfis em redes sociais para se apresentar como “turista sexual” e “passport bro”, termos usados para homens que viajam ao exterior buscando vantagens sexuais facilitadas.
As investigações da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) tiveram início no começo de dezembro, graças à atitude vigilante de um motorista de aplicativo. O condutor estranhou que duas passageiras menores viajassem sozinhas para encontrar um homem estrangeiro que “não falava português”. Durante a corrida, as meninas não souberam explicar como conheceram o homem ou o destino, o que levou a polícia a ser acionada.
A empresa de transporte colaborou, revelando que Wallace usava diversas contas falsas para realizar suas movimentações e ocultar a identidade.
Com o apoio da Agência de Segurança Interna dos Estados Unidos (HSI), a Polícia Civil identificou um histórico do suspeito em mais de 13 estados americanos, incluindo resistência à prisão, agressão a policiais e conduta desordenada.
No Brasil, a investigação apontou que, no dia 18 de dezembro, ele solicitou uma corrida no bairro do Rocha, no Rio, para transportar quatro meninas menores até a Zona Portuária. Em seguida, Wallace seguiu para São Paulo, onde o cerco foi montado para impedir a saída do país.
Durante a prisão, os agentes localizaram um notebook, cinco celulares, cinco pen drives e sete cartões de memória, além de bichos de pelúcia e um relógio com câmera oculta. O passaporte de Floyd Wallace foi apreendido. Se condenado por estupro de vulnerável e favorecimento à exploração sexual infantil, a pena pode chegar a 34 anos de reclusão.
O caso evidencia a necessidade de vigilância constante contra abusos e tráfico de menores, e mostra como parcerias entre cidades podem ampliar a proteção de crianças e adolescentes. Compartilhe suas opiniões nos comentários e participe da discussão sobre medidas de proteção à infância e combate a crimes sexuais contra menores.

Facebook Comments