Teixeira de Freitas vive uma crise de versão sobre a morte de uma menina de 2 anos. A mãe da criança contestou as acusações de maus-tratos, afirmando que a filha apresentava condições neurológicas graves desde o nascimento e que lesões observadas pelo hospital seriam resultado de procedimentos médicos necessários, não de maus-tratos.


A defesa da família foi embasada por um laudo médico datado de 7 de maio de 2024, assinado pelo neurologista Dr. Luis Gustavo Correia. O documento descreve Heloá como portadora de atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor, devido à paralisia cerebral e encefalopatia hipóxica, além de estar com traqueostomia e gastrostomia. O laudo classifica o quadro como permanente, com prejuízo crítico e impacto importante nas atividades diárias e no convívio social, requerendo vigilância e cuidados contínuos.
A mãe afirmou que o hospital tinha pleno conhecimento do quadro clínico da filha e, mesmo assim, utilizou esse conhecimento para construir uma narrativa de maus-tratos, o que ela nega veementemente. Uma vizinha também comentou que a família cuidava da criança com muita dedicação, reforçando que as lesões atribuídas ao abuso não condizem com as circunstâncias apresentadas.
Uma assistente social que acompanhava o caso também defendeu a família, afirmando que não houve maus-tratos e solicitando que a versão da família fosse amplamente divulgada para que a população possa entender a real situação. Ela enfatizou a necessidade de transparência para evitar interpretações equivocadas.
Heloá faleceu no dia 19, no Hospital Estadual Costa das Baleias (HECB), após sofrer desnutrição severa. As autoridades acionaram o Conselho Tutelar e o Instituto Médico Legal (IML), que fará a necropsia. A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte. O laudo pericial do IML, que poderá esclarecer a causa da morte e a origem das lesões, tem previsão de ficar pronto em até 30 dias.
Este caso segue sob apuração, com a comunidade jurídica e o público acompanhando os desdobramentos e a divulgação de novos laudos que possam esclarecer o que ocorreu. A cobertura continua em atualização conforme novas informações forem divulgadas.
Se você leu até aqui, compartilhe sua opinião nos comentários: qual é a leitura mais adequada para este caso, levando em conta o histórico de saúde da menina e as informações apresentadas pelas diferentes partes?

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