Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a operação Kwikpen, nesta terça-feira (23/12), para coibir a venda clandestina de tirzepatida (Mounjaro) na região de Brasília. A ação, promovida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), teve como base reportagens da coluna publicada pelo Metrópoles em outubro. Ao todo, um suspeito foi preso e 13 caixas do medicamento foram apreendidas.





Além da atuação policial, os investigadores destacaram que, no local, havia indícios de armazenamento inadequado, importação sem controle de procedência e orientação indevida sobre aplicação, fatores que elevam significativamente os riscos para a saúde pública.
Por determinação judicial, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela 8ª Vara Criminal de Brasília, em endereços na Feira dos Importados e em residências vinculadas aos investigados em Vicente Pires e Ceilândia. As ordens autorizaram exclusivamente a apreensão do medicamento Mounjaro (tirzepatida). A operação mobilizou 50 policiais do Decor e da Diretoria de Operações Especiais (DOE), com apoio técnico de 12 auditores da Vigilância Sanitária do DF, responsáveis pela fiscalização, transporte do material e adoção das medidas administrativas cabíveis.
Riscos A ação tem como objetivo retirar de circulação produtos potencialmente nocivos e prevenir riscos à saúde da população do Distrito Federal. O consumo de medicamentos de uso controlado adquiridos irregularmente, sem acompanhamento médico, pode trazer complicações clínicas, efeitos adversos graves e piora de doenças preexistentes, pois cada tratamento requer avaliação individual, dosagem correta e monitoramento por profissional habilitado.
Reportagens da coluna Em outubro, a coluna visitou a Feira dos Importados de Brasília e constatou a facilidade de aquisição do medicamento, com câmeras ocultas revelando um mercado clandestino estruturado. A venda era feita de forma discreta, sem anúncios visíveis, e baseada em indicações entre vendedores e compradores, sem vínculo com áreas da saúde.
Além da venda irregular, os comerciantes orientavam os clientes sobre a forma de aplicação do medicamento, mesmo sem possuir qualquer formação técnica ou habilitação para tal procedimento.
Em uma segunda apuração, a coluna mostrou que o esquema também alcançou drogarias: em drogarias do Plano Piloto, de Vicente Pires e de Taguatinga, houve vendas ilegais, evidenciando uma rede de irregularidades que afronta a legislação sanitária e expõe consumidores a riscos à saúde.
A operação, assim, visa retirar do comércio itens potencialmente nocivos, prevenir riscos à saúde pública e coibir práticas que colocam a população em situação de vulnerabilidade. A PCDF reforça que a aquisição irregular de medicamentos controlados pode gerar consequências graves para a vida dos cidadãos da cidade.
E você, o que acha das medidas adotadas para impedir a venda de remédios sem controle? Compartilhe sua opinião nos comentários e traga suas perguntas sobre o caso.

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