GDF faz estudo para mapear “falsos moradores de rua” no fim do ano

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O Governo do Distrito Federal (GDF) abriu um mapeamento para identificar quem vive nas ruas do DF e verificar se realmente está em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa busca assegurar que as doações cheguem a quem precisa, especialmente no fim do ano, quando há aumento de alojamentos e barracas nas vias da cidade.

A Casa Civil coordena a ação, com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), da Polícia Militar do DF (PMDF), do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) e da DF Legal. O objetivo é cruzar dados de pessoas cadastradas em programas sociais para confirmar a real necessidade e evitar que doações cheguem a “falsos moradores de rua”.

Quem deseja doar é orientado a procurar entidades sérias e credenciadas. No site da Sedes é possível consultar a lista completa de instituições habilitadas para direcionar recursos às famílias que realmente precisam.

Condições atuais e ações de acolhimento

O estudo mais recente do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF) aponta 3.521 pessoas em situação de rua no DF, com 16% do total sendo mulheres. Ainda que o fim de ano aumente esse quadro, o governo já vem atuando desde maio do ano passado com o Plano de Ação para a Política Distrital para a População em Situação de Rua, com ações semanais em várias regiões.

Desde então, já foram realizadas mais de 401 ações de acolhimento, com 2.969 atendimentos realizados. Vale ressaltar que esse número é o somatório diário dos atendimentos das equipes e pode incluir a mesma pessoa mais de uma vez.

Durante as ações de acolhimento, famílias recebem orientações e encaminhamentos para serviços de saúde, educação e assistência social. Também é oferecido um auxílio excepcional de R$ 600 para quem não tem condições de pagar aluguel, além de vagas em abrigos, programas de qualificação profissional (como o RenovaDF) e cadastro para unidades habitacionais.

A Casa Civil explica que o papel do GDF é garantir proteção social e oferecer políticas públicas integradas e adequadas, que fortaleçam a autonomia desse público e, assim, contribuam para a saída das ruas.

Dados e contexto do diagnóstico

As informações do IPEDF ajudam a entender o contexto: o DF tem mais de 3,5 mil pessoas em situação de rua, com a presença de mulheres representando parte relevante desse contingente. A cada fim de ano, o cenário pode se agravar, o que intensifica a necessidade de ações de acolhimento e suporte habitacional.

O GDF iniciou, há mais de um ano, o Plano de Ação com ações semanais em diversas regiões do DF. Desde então, foram acionadas várias frentes de acolhimento, com foco em proteção social, inclusão social e acesso a serviços públicos, buscando reduzir a vulnerabilidade dessa população.

O governo reforça a importância de direcionar recursos para entidades credenciadas, evitando que doações cheguem a quem não precisa. Em síntese, a estratégia é mapear a população em rua, identificar quem é realmente vulnerável e encaminhar os esforços para acolhimento, qualificação e moradia estável.

Galeria de imagens – contexto da ação

Idosa em situação de rua

Idosa cadeirante na via L2Norte

Barraca improvisada na L2 Norte

Mulher diante de barraca

Barracos na região central

Criança e idosa em frente a moradia improvisada

Três meninas com uma mulher idosa em Taguatinga

Parada de famílias e barracas em Taguatinga

Barracos próximos ao Metrô-DF

Acampamento maior na via N4

Homem com facão próximo a mantimentos

Barracas entre árvores

Idoso diante de moradia de lona

Homem com faca e mantimentos

Barracas entre árvores

Este material de imagens reforça a leitura sobre a complexidade da realidade vivida pela população em rua e a necessidade de políticas públicas que vão além da assistência pontual, oferecendo caminhos para autonomia, moradia e inclusão social.

E você, como vê a atuação do GDF nesse mapeamento e nas ações de acolhimento? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da conversa sobre caminhos para uma cidade mais justa e consciente.

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