Uma cristã norte-coreana, identificada como Hea-Woo, revelou como conseguiu celebrar o Natal de forma clandestina enquanto esteve presa em um campo de reeducação, onde o cristianismo é severamente reprimido pelo regime. Detida após fugir para a China, ela relata como manteve a fé mesmo em meio à repressão e à rotina exaustiva de trabalhos forçados.
Durante o encarceramento, Hea-Woo liderou a evangelização de cinco mulheres presas, reunindo o pequeno grupo no único espaço em que os guardas evitavam entrar: os banheiros do campo, descritos como imundos e insalubres. Nessas reuniões, elas partilhavam versículos, histórias bíblicas e cantavam hinos em voz quase imperceptível, entre eles “Amazing Grace”.
A organização dos encontros secretos aconteceu enquanto os guardas realizavam diárias sessões de treinamento ideológico, lendo jornais oficiais para os prisioneiros. A partir dessas leituras, Hea-Woo identificava a proximidade do Natal e organizava as celebrações discretas. Mesmo sem público externo, ela acredita que o louvor foi ouvido por Deus.
Ao cumprir a sentença, Hea-Woo foi libertada e hoje vive na Coreia do Sul, onde continua a compartilhar sua fé cristã. Ela afirma: “Todos nós sobrevivemos a este inferno na terra porque nos apoiamos umas às outras e em Jesus.” A história é usada por organizações cristãs para destacar a perseguição de fiéis em prisões e campos de trabalho na Coreia do Norte, especialmente durante as festas de fim de ano, e para estimular orações globais pela fé sob repressão.
Este relato, divulgado pela Folha Gospel com informações de Portas Abertas, ilumina a persistência da fé em condições extremas e reforça o apelo por atenção e apoio às comunidades cristãs que vivem sob violenta repressão religiosa na Coreia do Norte. Se você gostou deste relato, compartilhe seus pensamentos nos comentários e reflita sobre como apoiar quem mantém a fé diante da adversidade.

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