Antes de agressão na porta de elevador, auditor bateu em criança na praia

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Um servidor da Controladoria-Geral da União (CGU), David Cosac Júnior, de 50 anos, aparece em vídeo desferindo tapas contra uma mulher e contra a criança de 4 anos na porta de um elevador, em Águas Claras, Distrito Federal. O episódio ocorreu no dia 7 de dezembro e moradores acionaram a Polícia Civil do DF (PCDF). Na ocasião, o agressor não foi preso.

Segundo relatos, o ataque ocorreu durante um momento de tensão familiar registrado em vídeo pelas câmeras do prédio. A mãe da criança descreveu as agressões como desferidas contra o menino, que estava no colo da mulher. Ao tentar proteger o filho, a mãe se deita para se colocar entre as vítimas, enquanto o agressor continua o ataque.

Meses antes, durante uma viagem à Costa do Sauípe, na Bahia, a mãe afirmou que David havia desferido uma chinelada mais forte nas nádegas da criança. O término do relacionamento foi confirmado pela própria vítima após o retorno da viagem, com a decisão de não manter contato com o agressor.

Agressão no elevador

A gravidade do caso foi ampliada pela divulgação de um vídeo de Mirelle Pinheiro, colunista da imprensa local, que mostra David agredindo a mulher e a criança no elevador do edifício de Águas Claras. O registro ocorreu por volta das 19h40 do dia 7 de dezembro, no estacionamento do prédio.

Moradores acionaram a Polícia Civil do DF assim que tomaram conhecimento do episódio. Apesar das denúncias, o agressor não foi preso na ocasião, e as câmeras do prédio registraram as agressões, que envolveram puxões de braço e tapas na cabeça da criança.

O servidor da CGU foi identificado como analista de Finanças e Controle, ingressando na instituição em 2007 e atuando como auditor desde 2016. Segundo informações públicas, o salário mensal fica em torno de R$ 25 mil.

Após os acontecimentos, a mãe tentou proteger o filho; o casal terminou o relacionamento, e a mulher afirmou não ter intenção de registrar a ocorrência contra o agressor na época, mantendo apenas proteção para a criança.

A investigação está sob a responsabilidade da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). A PCDF informou que a denúncia chegou com o apoio de um vídeo que circulou entre testemunhas e que o caso continua em apuração.

Medidas protetivas e expulsão

No dia 24/12, o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Águas Claras concedeu medidas protetivas de urgência em favor da criança. O agressor foi proibido de se aproximar da vítima, com distância mínima de 300 metros, e proibido de manter qualquer contato com o menor. Também foi determinado que ele não poderia frequentar o endereço residencial da criança em Águas Claras.

A investigação também revelou que, na época, a vítima não desejava registrar ocorrência, mas optou por solicitar proteção para o filho. Em nota divulgada na última quinta-feira (25/12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou ter determinado a expulsão do servidor, destacando a gravidade da violência e a necessidade de responsabilização. Lula solicitou ao ministro Vinícius de Carvalho, controlador-geral da União, a abertura de processo interno para afastar o servidor público.

A sequência de acontecimentos aponta para um quadro grave de violência doméstica envolvendo um servidor federal. A defesa da vítima e a apuração por parte das autoridades seguem em curso, com a expectativa de que os responsáveis respondam pelos atos.

Você tem opinião sobre a atuação das autoridades diante de casos de violência doméstica e sobre medidas disciplinares para servidores públicos? Compartilhe nos comentários. Sua visão ajuda a ampliar o debate sobre o tema e a fortalecer a proteção a vítimas e crianças.

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